Polo da FETAEMG busca ações para fortalecer o homem do campo
Para fortalecer as ações voltadas às famílias que vivem na agricultura familiar, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais (FETAEMG) busca o trabalho em conjunto com sindicatos e lideranças da região. Ao longo de seus 48 anos de luta e conquistas para o homem e a mulher do campo, a FETAEMG sempre defendeu a democracia, a inclusão social e combateu a restrição ou retirada de direitos da classe trabalhadora. Nesse sentido, enquanto representante legítima dos trabalhadores (as) rurais, assentados da reforma agrária, agricultores (as) familiares e assalariados (as) rurais, a FETAEMG repudia qualquer tipo de acontecimento que seja incoerente no cenário político, que vem ocorrendo nos últimos tempos no Brasil.
O Polo Regional Leste do Rio Doce (Manhuaçu) tem travado uma batalha incessante para que os trabalhadores se organizem, busquem o fortalecimento para uma política voltada ao bem estar das famílias que vivem no campo, sobretudo na agricultura familiar. Com a filiação de sindicatos de 18 municípios, a FETAEMG reafirma o compromisso de defender os interesses da categoria, e ao mesmo tempo, está enxergando com preocupação o imenso desafio que ora é apresentado.
Para o diretor do Polo Regional da FETAEMG, Manoel Pereira Lopes, que também é presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pocrane, o cenário atual revela que a luta prioritária neste momento é garantir a manutenção de direitos adquiridos ao longo dos anos. Ele explica que a cada dia a luta aumenta para frear o que de pouco a pouco vem sendo retirado do trabalhador. Manoel Pereira Lopes ressalta que a Constituição Federal de 1988, garante melhores condições ao homem do campo e agora estão tentando tirar das famílias rurais todas as conquistas. Na análise do diretor, há a necessidade de se estabelecer uma união mais forte em cada município, nas bases sindicais para evitar que o trabalhor volte a ser explorado. “Estamos numa região predominante da cafeicultura e não vamos admitir que algo de ruim aconteça. A agricultura familiar trabalha para que tenhamos alimentos sadios à nossa mesa”, frisa o diretor FETAEMG.
Trabalhadores sem informação acabam sufocados
Apesar de um trabalho de mobilização feito, os trabalhadores do campo ainda carecem de informação para brigarem pelos seus direitos no campo. Com a extinção do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) que foi uma importante conquista da agricultura familiar, depois de 21 anos de existência, o governo promove uma ruptura no desenvolvimento da agricultura familiar, que responde por mais de 70% da produção de alimentos da cesta básica dos brasileiros. Manoel Pereira cita que muitos não têm formação adequada para atentarem sobre o que está acontecendo. Segundo ele, o Polo da FETAEMG estará levando a esses trabalhadores, sindicatos e bases de apoio a informação necessária para que não sejam ludibriados. Diante do cenário, a avaliação da Federação é que o meio rural precisa ser mais valorizado, e a reforma agrária e a agricultura familiar continuem avançando.
“Para discutir os problemas enfrentados pelas famílias rurais, os sindicatos e lideranças estão planejando a realização de uma Plenária Regional dos Polos Zona da Mata e Rio Doce, em Muriaé nos dias 05 e 06 de dezembro, para escolherem delegados a fim de participarem do congresso da CONTAG no próximo ano em Brasília. Para isso, a escolha de representantes dos trabalhadores será fundamental no sentido de eleger uma nova diretoria da CONTAG, que fique de olhos abertos em defesa dos direitos dos trabalhadores rurais”, destaca Manoel Pereira Lopes.
Eduardo Satil