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Caso Majela: Jovem envenenou e asfixiou vendedor com travesseiro em Manhuaçu

O carro de Geraldo Majela de Souza, 53 anos, foi encontrado no fim da tarde deste domingo, 11/12. O veículo S10 branco estava desaparecido. A picape S10 foi levada por Natália Hellen Pereira, 22 anos, suspeita do homicídio, para Vila Velha – ES, na região da grande Vitória. Ela retornou de ônibus para Manhuaçu no sábado à noite, 10/11. A passagem foi apreendida pela polícia junto ao celular de Geraldo que também estava com a mulher.

Geraldo foi achado morto numa casa no bairro Ponte da Aldeia em Manhuaçu. Após o corpo ter sido encontrado, a Polícia Civil localizou a inquilina, Natália Hellen, escondida em um hotel em Realeza. A casa era de propriedade de Geraldo.

Durante o rastreamento da polícia, o GPS do celular de Natália apontou em seu Facebook que ela deu entrada em um hotel em Realeza. Minutos depois o post foi excluído, porém a polícia já estava com todas as pistas nas mãos. No momento da prisão, ela teria confessado que matou Geraldo colocando veneno de rato na cerveja e depois teria o asfixiando com um travesseiro.

Na casa dela, os policiais recolheram um vasilhame de cerveja, um travesseiro, uma sacola com veneno para rato, R$ 315,00 em dinheiro e uma folha de cheque no valor de R$ 2.000,00.

De acordo com a defesa de Natália, ela teria matado Geraldo em legítima defesa, devido a ameaças além de alegar que sofria pressão devido a uma dívida de dois mil reais com o vendedor. Nas redes sociais, familiares fizeram uma grande mobilização em busca de notícias de Geraldo Majela. Bastante conhecido em Manhuaçu, o vendedor saiu de casa em sua picape na sexta-feira, 09/12 e não voltou para casa.

Acompanhe o caso:

Na sexta-feira, 09/12, familiares de Geraldo Majela pediram ajuda à polícia, comunidade e imprensa para localizar o homem que não voltou para casa. Ele saiu em sua S10, branca e ficou desaparecido durante todo o final de semana.

De acordo com a Polícia Militar, um morador da rua Esperança contou que estava preocupado com nível do Rio Manhuaçu e foi até a garagem para verificar a situação.

Ele observou que a garagem estava aberta e se separou com a vizinha Natália Helen no local. Ela pediu ajuda para jogar um objeto no rio. O vizinho percebeu que o lençol estava sujo de sangue, se recusou a ajudá-la, e acionou a polícia.

O corpo foi encontrado caído no piso da cozinha, amarrado em um lençol. O sofá, próximo ao corpo, estava com as almofadas molhadas. A perícia foi acionada e verificou que o local havia sido limpo recentemente com a finalidade de limpar o sangue. Natália não estava na casa.

Por volta de 13h de domingo, 11/12, uma equipe da Polícia Civil conseguiu encontrá-la num quarto de hotel em Realeza. “Fizemos levantamentos em hotéis e na casa de amigos dela. A partir da informação de que poderia estar em Realeza, uma equipe foi até o local. Inicialmente, na lista de hóspedes, não havia ninguém chamada Natália. Verificamos que houve uma pessoa que se hospedou como Naiara. A equipe foi até o quarto e confirmou que era a jovem procurada”, detalhou o Delegado da Polícia Civil, Dr. Felipe de Ornelas Caldas em entrevista ao site Tribuna do Leste e Rádio Manhuaçu AM 710.

Dr. Felipe não entrou em detalhes sobre o assassinato, nem falou sobre as motivações do crime, mas foi constatado que houve uma “proposta de manterem relação sexual”, o que teria sido o estopim do crime.

O carro foi apreendido no final da tarde de domingo por uma equipe da Polícia Civil, que foi até o Espírito Santo junto com a jovem para que ela mostrasse o local em que deixou o veículo. O Delegado Felipe de Ornelas informou que o inquérito deverá ser concluído em 10 dias com todo o detalhamento das investigações.

A defesa de Natália Hellen

A versão de Natália, acompanhada pelo advogado de defesa Glauco Murad Macedo, informava que “a proposta imoral de Majela foi apenas o motivo final, mas que antes disso Majela estava pressionando a declarante falando que ia lhe matar, que ia mandar dar um coro na declarante se não pagasse o valor de R$ 2.000,00 de um cheque que ele havia trocado para ela; que o cheque não tinha fundos e que Majela estava lhe cobrando; que Majela inclusive chegou a lhe mostrar uma arma de fogo em forma de ameaça em data anterior; que Majela sempre telefonava cobrando o dinheiro; que Majela disse que era para ela lhe pagar os R$ 2.000,00 e que já sabia o nome dos seus pais e onde moravam; que insinuou que poderia fazer mal a eles; que então no dia dos fatos, a proposta indecorosa foi o estopim para tomar a atitude que tomou”, contou a jovem em depoimento colhido na Delegacia de Polícia Civil de Manhuaçu.

“Natália foi recentemente demitida de seu emprego e não recebeu seus direitos rescisórios junto ao seu antigo empregador, ensejando, inclusive, a propositura de uma ação trabalhista em trâmite na Vara do Trabalho de Manhuaçu. O desespero de Natália era tamanho que estava tentando, a todo custo, celebrar um acordo extrajudicial com seu antigo empregador, justamente para realizar o pagamento da dívida contraída junto à vítima”, completou o advogado.

Ouça a entrevista com o sub tenente Dean:

Ouça a entrevista do delegado Dr. Felipe Ornelas concedida ao tribunadoleste.com.br e Rádio Manhuaçu AM 710:

Ouça a reportagem que foi ao ar no Jornal Regional na Rádio Manhuaçu 710: 

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