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Delegacia de Homicídios fecha o caso da morte da farmacêutica; ouça a matéria

A Delegacia de Homicídios encerrou no início da semana as investigações e remeteu à Justiça, o inquerito policial sobre a morte da farmacêutica, Joana Soares Benfica, 27 anos. O corpo da jovem foi encontrado na manhã do dia 3 de janeiro passado, em seu apartamento nas proximidades do Estádio Juscelino Kubitschek. No local foi levantado que Joana Soares foi assassinada a golpes de faca, depois de uma conversa com uma pessoa e o pedido para que saísse de sua residência.

Abaixo, ouça a entrevista completa

A jovem morava em Manhuaçu a pouco mais de três anos e de acordo com pessoas que eram mais próximas à vítima, tratava-se uma pessoa discreta e comunicativa. Moradores das imediações não conseguiram entender por qual motivo tanta violência e crueldade, uma vez que o autor do crime desferiu golpes de faca à altura do estômago da vítima.

Na cena do crime, a polícia percebeu que não havia arrombamento, o que levou a suspeita de que o assassino poderia ser alguém bem próximo e tinha confiança da vítima. Ao sair, o suspeito ainda deixou a porta semi aberta e o portão com o cadeado apenas colocado. Diante de algumas evidências e informações, a equipe da Delegacia de Homicídios começou a levantar a vida pregressa da vítima, pessoas mais próximas e, os últimos passos antes de ser covardemente assassinada.

No tempo determinado, a Delegacia de Homicídios ouviu diversas pessoas que conheciam, conviviam com a vítima a fim de ter alguma informação mais forte para a elucidação do crime. Testemunhas ouvidas na fase de investigação, apontaram que uma moto era vista com frequência na casa da vítima. A polícia concluiu que o suspeito de praticar o crime seria o cunhado da vítima, tendo como motivação o “ciúme doentio” por parte do investigado.

Acusado prefere o silêncio na Delegacia

A investigação foi coordenada pelo delegado titular da Homicídios, Dr. Guilherme Mariano, que ouviu várias pessoas, que passaram informações robustas para a conclusão do trabalho investigatório. Dr. Guilherme Mariano explica que, ao final da investigação não restou dúvida, para opinar pelo indiciamento do cunhado da vítima. “O inquérito foi remetido à apreciação do Ministério Público e do Poder Judiciário. O investigado apresentou dias após o crime, mas manifestou falar somente em juízo. Os investigadores fizeram todos os levantamentos e os indícios apontam e levam ao suspeito”, conclui o delegado.

Suspeito foragido da Justiça

No dia em que o suspeito foi apresentado à autoridade policial, o Poder Judiciário não havia apreciado, ainda o pedido da Prisão Preventiva solicitada pelo Polícia Civil. Assim sendo, o acusado saiu pela porta da frente. Dois dias depois, foi expedido o mandado de prisão e agora o acusado é considerado foragido da Justiça. Depois de ter sido indiciado como autor do homicídio da farmacêutica, o acusado está sendo procurado.

Mais um crime por ciúmes

Na última sexta-feira, 27, outra jovem foi vítima de um crime violento. Desta vez, a vendedora Valéria Moreira Dornelas, 21 anos, foi brutalmente assassinada no distrito de Santo Amaro de Minas, enquanto trabalhava numa loja de roupas. Ela foi abordada por um homem, identificado como sendo Ia Marins, 52 anos, que ficava perambulando pelas ruas do distrito, parava em frente o estabelecimento e ficava a admirando. Ele adentrou à loja, com o pretexto de comprar um par de tênis e a atacou com três golpes de faca no pescoço.

O delegado de Homicídios, Dr. Guilherme Mariano relata que está se tornando preocupante esse tipo de violência contra a mulher, principalmente por ciúme ou uma “paixão” não correspondida. Ia Marins foi indiciado pelo homicídio, mas as investigações prosseguem. A irmã da vítima entregou aos investigadores na última quarta-feira, o aparelho celular contendo mensagens e áudio da vítima falando da aproximação do autor e de sua permanência em frente à loja. Tudo indica que a presença do acusado lhe causava temor. O material será analisado pelos investigadores.

Tribuna do Leste – Eduardo Satil

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