Funcionários do HCL discutem reposição salarial

Em assembleia realizada no dia 07 de fevereiro, profissionais da área de saúde que atuam no Hospital Cesar Leite discutiram a situação envolvendo a reposição salarial dos funcionários. A categoria diz que está com vencimento defasado há muito tempo e agora busca entendimento junto à diretoria da instituição.
O Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde já sentou à mesa para tentar a contrapartida oferecida de 3% e mostrar que os profissionais não concordam com o reajuste considerado irrisório na atual conjuntura. Na assembleia, reclamaram do aumento da alimentação e outras situações que envolvem o dia a dia, o incentivo para o trabalho, além da promoção.
O presidente do sindicato, João Guilherme Filho explica que a categoria está com o salário bem abaixo do que deveria ser e a defasagem tem mexido bastante com o emocional dos funcionários, que, às vezes, não conseguem sanar as despesas com o que ganham atualmente.
Segundo ele, a contraproposta não soou bem aos ouvidos dos funcionários que querem entendimento e reconhecimento por parte da diretoria do Hospital Cesar Leite. O representante da categoria conta que na assembleia houve um retrocesso, pois ao saberem que não houve entendimento na negociação todos ficaram indignados.
João Guilherme diz que a alegação da diretoria do HCL é de que não existe dinheiro para uma negociação conforme pede o sindicato da categoria. “O funcionário está sendo penalizado com o que está acontecendo. Quando alegam que não tem dinheiro em caixa, a gente sabe que há fonte de renda por parte de emenda parlamentar e outros serviços prestados pelo hospital. Parte financeira não compete a nós, trabalhadores, estarmos analisando”, ressalta João Guilherme Filho.
De acordo com os funcionários e o sindicato, a perda nos últimos anos chega a 150% e nesse momento o que se busca é a reposição salarial, para ficar equiparado ao que um técnico em enfermagem tem direito. O presidente do sindicato sinaliza para uma possível paralisação, caso nos próximos dias não avance a negociação.
Hospital César Leite
A reportagem procurou o provedor do Hospital Cesar, Dr. Sebastião Onofre de Carvalho, a fim de saber sobre o percentual oferecido aos funcionários. Segundo o provedor, torna-se impossível falar em aumento nesse momento de crise. O hospital já ofereceu 3% de reajuste salarial, dentro das possibilidades atuais. A categoria fala em 12% de reajuste. Quanto a insatisfação e possibilidade de uma paralisação, o provedor Sebastião Onofre de Carvalho diz que todos têm responsabilidade com o trabalho e com a sociedade. “Acredito que não vão parar, visto que há a responsabilidade e todos sabem que a área de saúde é sacrificada. Mas, o diálogo é a melhor maneira para negociar. A parte financeira do hospital está complicada, e 3% é o pode ser reajustado”, explica Dr. Sebastião Onofre de Carvalho.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste