Corte de árvores na Baixada gera questionamento da população
Na última semana, a Secretaria Municipal de Obras executou a poda de árvores na Avenida Cirílio da Costa (Baixada), depois que moradores encaminharam uma solicitação à Promotoria do Meio Ambiente e à Secretaria de Agricultura. Foi então, determinado que o serviço fosse realizado, a fim de reduzir risco e a permanência de estranhos no local, que ficava bastante escuro e a preocupação era constante.
Mas, ao realizar a poda, os funcionários cortaram até o tronco como se quisessem eliminar as árvores, e isso tem deixado alguns cidadãos, principalmente moradores das proximidades indignados. Na internet, postagens foram feitas de pessoas questionando as ações e denunciando o corte das árvores.
Apesar da alegação de que houve pedido para o corte, laudo e risco de dano a pessoas e ao patrimônio, cidadãos não se conformam com a situação e buscam respostas técnicas para os cortes. A reportagem Tribuna do Leste localizou o Secretário Municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Flânio Alves para saber o procedimento adotado. Ele explicou que ao assumir a secretaria deparou com pedido formalizado de moradores e do Ministério Público, solicitando a “poda” das árvores, visto que, estavam no tamanho acima e oferecendo risco às residências próximas. Durante uma visita técnica, o pedido foi novamente reforçado para a realização do serviço, obedecendo todos os critérios conforme ensina a doutrina. “As podas foram feitas bem abaixo do que foi permitido pelo técnico da secretaria. Porém, a justificativa é de que, as árvores são de porte muito grande para aquele local e o fato de o riacho passar próximo, o terreno estava cedendo”, explicou o secretário. Outra justificativa é que os tocos poderiam trazer transtorno, e por isso, foram cortados baixíssimos. O secretário Flânio Alves reconhece que houve falta de cuidado ao promover a poda das árvores, mas garantiu que das próximas vezes estará orientando os funcionários, no sentido de estarem atentos para a execução da atividade, a fim de evitar desgaste e até mesmo agressão ao meio ambiente.
Eduardo Satil – Tribuna do Leste