Secretária Municipal de Saúde ministra palestra para universitários em Manhuaçu
A Secretária Municipal de Saúde Karina Gama participou na terça-feira, 21/02, de uma palestra para os universitários dos cursos de enfermagem, educação física, psicologia e ciências biológicas da Faculdade do Futuro.
O evento reuniu centenas de alunos na quadra da faculdade, além da Secretária Karina Gama, a palestra contou com a participação do médico plantonista da Unidade de Pronto Atendimento de Manhuaçu, Dr. Lauro Augusto; da Técnica da GRS/Manhumirim, Camila Gama, onde foram abordados temas relacionados às ações de enfrentamento da febre amarela em Manhuaçu.
Na abertura das atividades o Diretor da Faculdade do Futuro Guilherme Almeida falou da satisfação e orgulho em receber a ex-aluna e atual secretária de saúde do município. “Para nós da Faculdade do Futuro receber Karina Gama nesta noite é motivo de orgulho em saber que fizemos parte da sua formação e orientação. Desde o início já sabíamos que devido à sua dedicação e comprometimento profissional teria uma carreira gloriosa. Isto ficou provado logo após sua formatura quando foi aprovada no concurso da Secretária de Estado de Saúde sendo designada para a Gerência Regional de Saúde e desde então tem galgado sucessos e superando desafios na sua carreira profissional”, disse o diretor.
Antes de iniciar a palestra Karina Gama recebeu uma homenagem da Faculdade do Futuro reconhecendo seus feitos principalmente frente à Secretária de Saúde de Manhuaçu especialmente nas ações de combate à febre amarela.
Palestra
Karina Gama, numa rápida explanação falou sobre a doença e seus principais sintomas. “A febre amarela é uma doença reemergente prioritária em Saúde Pública no Brasil, para a qual está disponível uma vacina de alta eficácia. Apesar das estratégiasatuais de controle e prevenção, vem se observando uma expansão das áreas comcirculação do vírus da febre amarela. Este fato tem sidoobjeto de atenção das autoridades de saúde por considerarem que a aproximação dovírus com as cidades em que o vetor urbano se encontra presente recoloca o tema dareurbanização da doença na agenda sanitária”, disse.
Com a proximidade de áreas onde o vírus já fazia as primeiras vítimas, como Caratinga, Piedade de Caratinga e Ipanema, a Secretária Municipal de Saúde iniciou um plano de ação emergencial de combate à doença, com base na norma técnica expedido pela Secretaria de Estado de Saúde. “Então, a vacinação contra a febre amarela passou a ser preconizada para toda a população residente na área de transição, constando do calendário de vacinação de rotina para crianças a partir dos 06 meses de idade. Como estratégia adicional, foi implantada a vigilância de epizootias em primatas não humanos com capacitação de técnicos das Regionais de Saúde, juntamente com os agentes da Coordenadoria de Vigilância Ambiental para ações de captura e manejo de Primatas Não Humanos no campo”, destaca Karina.
Parcerias
De acordo com a Secretária, as parcerias realizadas com Secretaria de Estado da Saúde e empresários do ramo da cafeicultura foram primordiais para os bons resultados obtidos no tratamento e vacinação da população. “A prefeita Cici Magalhães levantou junto à GRS/Manhumirim um quantitativo de vacina suficiente para a população de Manhuaçu e também para as pessoas que por ventura estivessem passando pela cidade e procurassem a vacina. Foram disponibilizadas para o município mais de 50 mil doses da vacina”, ressalta a Secretária
Junto ao Governo do Estado foram disponibilizados recursos e remanejamento de leitos para o Hospital César Leite, que recebeu pacientes de toda a região. De empresários da região foram doadas três maquinas de hemodiálise para o hospital, custando cerca de 100 mil reais cada uma. “O empenho da equipe do Hospital César Leite, principalmente do setor de epidemiologia, coordenada pelo médico infectologista, Dr. Thiago Heringer e da direção do HCL e criar leitos e recursos humanos para atender aos pacientes, montando realmente uma frente de batalha contra a doença”, completa.
Resultados
Os números registrados em Manhuaçu foram grandiosos, desde o quantitativo vacinal, aos atendimentos na UPA e HCL. Segundo o médico plantonista da UPA de Manhuaçu, Dr. Lauro Augusto, o primeiro desafio foi constatar quais eram os casos suspeitos da doença e quais eram os casos de uma simples virose. “As manifestações clínicas da febre amarela não são suficientes para o médico tirar uma conclusão diagnóstica, mesmo com o histórico de viagem recente para áreas silvestres, pois outras doenças transmitidas por mosquitos também começam de forma semelhante, como a própria dengue e até mesmo a gripe”, ressalta.
Dr. Lauro ressaltou que a partir da constatação dos sintomas da doença e o início imediato do tratamento adequado foi primordial no grande número de recuperação dos pacientes.
Ao final, Karina Gama, Dr. Lauro Augusto e Camila Gama responderam questionamentos dos alunos.
Jailton Pereira – Tribuna do Leste