Dia Nacional de Combate ao Glaucoma: doença é a segunda maior causadora de cegueira no mundo

O glaucoma refere-se a um grupo de doenças oculares que provocam danos irreparáveis ao nervo óptico, responsável por carregar as informações visuais recebidas pelo olho até o cérebro.
Ele é a segunda maior causa de cegueira irreversível no mundo. Estima-se que atualmente existam 4,5 milhões de pessoas acometidas pela doença. Só no Brasil, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), existem 1,2 milhões de cegos e acredita-se que entre 60% e 80% dos casos são decorrentes do glaucoma e poderiam ser evitados e/ou tratados.
Para chamar a atenção da sociedade para o problema, no dia 26 de maio é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma, que visa a prevenção e disseminação de informações sobre a doença.
Segundo o médico oftalmologista Dr. Ronald Carvalho, não existe uma causa conhecida para o Glaucoma. “Ele é a principal causa de cegueira irreversível no mundo. É uma doença que ataca os olhos de forma silenciosa. Daí a importância de se fazer exames de rotina pelo menos uma vez ao ano”, explica.
De acordo com o Oftalmologista, existem vários tipos de glaucoma, porém, os mais importantes são o glaucoma crônico de ângulo aberto, o glaucoma agudo de ângulo fechado e o glaucoma secundário. O grupo de risco inclui pessoas acima de 40 anos, pessoas com alta miopia, negros, diabéticos, e quem faz o uso crônico de colírio de corticoide.
O diagnóstico precoce da doença é imprescindível para que o paciente não sofra danos irreparáveis. “O diagnóstico é feito através da medida da pressão ocular e do exame do fundo de olho. Alguns exames complementares podem ser necessários para confirmar a presença do Glaucoma”, esclarece Dr. Ronald.

A presença da doença pode ser detectada através de diversos sintomas. “Pacientes com os olhos vermelhos, dor nos olhos, histórico familiar de Glaucoma deve procurar ajuda médica”, enfatiza o médico que ainda explica que o tratamento é feito através de colírios que reduzem a pressão dos olhos, e que a cirurgia é usada em pacientes que não respondem bem ao tratamento com estes colírios.
A expectativa de tratamento e recuperação pode variar de acordo com o tipo da doença e das medidas tomadas pelo paciente e médico durante todo o período de tratamento. Mas segundo o oftalmologista, é possível conviver com a doença no dia a dia. “Fazendo o acompanhamento e uso adequado dos colírios o paciente pode conviver com o Glaucoma sem que aja a piora da visão. Para isso é necessário o diagnóstico no início, antes do prejuízo da visão.”, conclui.
Ouça a entrevista com o médico oftalmologista, Dr. Ronald Carvalho:
Tribuna do Leste