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Polícia Civil orienta quanto aos cuidados na hora de comprar um veículo usado

Diversas pessoas têm sido surpreendidas na hora de realizar a vistoria para transferência de veículos com adulterações e amargando muita das vezes com prejuízos e até respondendo por processos na justiça.

Dr. Henrique Rabelo, titular da Delegacia de Trânsito da 6ª DRPC/Manhuaçu faz uma série de orientações às pessoas que pretedem adquirir um veículo usado. “Os preços dos veículos 0 km no Brasil aumentam mês a mês e o brasileiro reclama – com razão – que esses valores não resultam em boas compras. É muito comum ver um modelo caro e que não oferece um simples ar-condicionado de série em um país de clima quente como o nosso. Por esses e tantos outros motivos, a opção por seminovos e usados passou a fazer parte da rotina”, disse.

Mas junto com a compra considerada vantajosa, é preciso checar alguns itens antes de sair da loja ou retirar o veículo com o proprietário anterior. “A maior preocupação de quem vai comprar carro usado é a procedência. Por isso, na impossibilidade de comprar de pessoa conhecida, o ideal é fazer o negócio junto a uma loja estabelecida. Mas, é verdade, nem sempre isso é possível. Muitas vezes tem uma boa oferta num anúncio de jornal ou na internet. Se o risco é maior, nem por isso você precisa dispensar uma boa oportunidade”, explica Dr. Henrique.

O delegado enumera uma série de itens que devem ser considerados na hora de comprar um veículo usado:

Documentos

A primeira coisa que você deve fazer, nesse caso, é checar a documentação. Confira se o nome constante no documento é o mesmo da carteira de identidade do vendedor. Se não for, localize o proprietário antes de fechar o negócio. Verifique também os recibos do IPVA dos últimos dois anos. As multas devem ser checadas com a delegacia de trânsito e o Detran. Veja se o número do chassi que está no documento confere com o número fixo no compartimento do motor.

Ainda quanto à documentação, Dr. Henrique ressalta que nos veículos existem várias marcas, conhecidas como vacinas que dificultam a adulteração do mesmo. “Peça para levar o veículo em um mecânico de confiança e verifique as marcas de segurança no veículo se coincidem com a documentação e o número de chassi, entre elas podemos citar, os números gravados nos vidros, numero do motor e caixa de marcha, gravações numericas em pontos da corroceria dentre outros, que caso você não conheça bem e nem o seu mecânico, traga o veiculo na delegacia que o vistoriador irá te orientar”, completa.

Lataria e motor

Quanto ao estado do carro, o principal é verificar o estado da lataria e o motor deve ser avaliado por um profissional, um mecânico de confiança. Certifique-se de que o carro não sofreu nenhuma colisão que possa ter afetado a parte estrutural, o que poderia prejudicar a dirigibilidade e a segurança.

Hodômetro adulterado

Outra dica: não se engane com a baixa quilometragem. Pode ser falsa. Alguns proprietários e vendedores adulteram o hodômetro, baixando a quilometragem. Para não ser enganado, cheque o tempo de uso do carro. Faça uma média de 12.000 km por ano. Ou seja, em dois anos de uso o carro deve ter rodado aproximadamente 24 mil, em três anos 36.000 km e assim por diante. Se a quilometragem estiver em desacordo com a idade do carro, exija uma explicação do vendedor.

Ao finalizar o delegado alerta. “Desconfie das ofertas muito generosas, comprando um veículo adulterado você pode ser enquadrado num crime de receptação e até que se prove o contrário, você muito dor de cabeça e além de perder o bem e o valor investido.”, reforça Dr. Henrique.

Jailton Pereira – Tribuna do Leste

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