Secretaria de Saúde reforça a importância da vacina no Dia Mundial da imunização
Atualmente, o SUS oferece 15 vacinas gratuitamente à população, todas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS)
A vacinação é um recurso indispensável para prevenir doenças infecciosas e por meio dela foi possível manter a erradicação, no Brasil, de doenças graves como a varíola e a poliomielite. No Dia Nacional da Imunização, comemorado nesta sexta-feira (9/6), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reforça a importância das vacinas tanto para o indivíduo, quanto para a saúde coletiva.
Segundo o médico infectologista da SES-MG, José Geraldo Ribeiro, as vacinas podem evitar doenças graves que prejudicam a qualidade de vida e comprometem a saúde em geral.
“Ao entrarem no organismo, as vacinas impõem ao nosso sistema imunológico uma experiência com agentes ‘enfraquecidos’ ou com fragmentos dos mesmos. Quando esse contato acontece, o sistema imunológico reage e produz os anticorpos necessários à defesa contra esses agentes, o que torna o corpo imune a eles e às doenças que eles causam”, explica.
A coordenadora estadual de Imunização, Eva Lídia Medeiros, afirma que a prevenção de algumas doenças e a erradicação da varíola e poliomielite no Brasil são reflexos da imunização gratuita e em massa promovida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), a população tem acesso a todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Elas são utilizadas como medida de controle de doenças desde o início do século XIX e contribuem para a redução da morbimortalidade causada pelas doenças imunopreveníveis”, observa.
Doenças como sarampo, catapora, caxumba, coqueluche, rubéola, meningite, difteria e tétano são doenças que também podem ocorrer durante a vida adulta. Porém, há outros programas de imunização que combatem o HPV, hepatites A e B, pneumonia, gripe e febre amarela.
A coordenadora reforça que, mesmo a vacinação sendo “mais comum ao público infantil, a importância da imunização de adultos, idosos e gestantes não é diferente, já que é nestas fases da vida que os sintomas podem surgir mais intensos e com sequelas mais graves”, afirma.
Em 2016, o Programa Estadual de Imunização, distribuiu cerca de 28 milhões de imunobiológicos em todo o estado, sendo 27.805.554 milhões de vacinas, 37.755 mil soros e 8.512 mil imunoglobulinas.
Calendário de Vacinação
Atualmente, o calendário oferece 15 vacinas gratuitamente à população, todas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como BCG; HPV (vírus do papiloma humano); Pneumocócica, contra pneumonia; Meningocócica C, contra meningite; Febre Amarela; VIP/VOP (vacina inativada e vacina oral poliomielite); Hepatite B; Penta (vacina adsorvida difteria, tétano, Hepatite B-recombinante, Haemophilus influenzae b – conjugada e pertussis); Rotavírus; Influenza na sazonalidade; Hepatite A; Tetra viral (varicela-catapora, sarampo, caxumba e rubéola); Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); Dupla adulto (difteria e tétano); e dTpa (difteria, tétano e coqueluche).
Crianças e adolescentes
Ao nascer – BCG (dose única) + Hepatite B (dose ao nascer)
2 meses – Penta (1ª dose) + VIP (1ª dose) + Pneumocócica 10v (1ª dose) + Rotavírus Humano (1ª dose)
3 meses – Meningocócica (1ª dose)
4 meses – Penta (2ª dose) + VIP (2ª dose) + Pneumocócica 10v (2ª dose) + Rotavírus Humano (2ª dose)
5 meses – Meningocócica (2ª dose)
6 meses – Penta (3ª dose) + VIP (3ª dose)
9 meses – Febre Amarela (dose inicial)
12 meses – Pneumocócica 10v (Reforço) + Meningocócica (reforço) + Hepatite A (dose única) + Tríplice Viral (1ª dose)
15 meses – Penta (reforço com DTP) + VOP (refoço) + Tetra Viral (dose única)
4 anos – Penta (reforço com DTP) + VOP (reforço)
9 a 19 anos – Hepatite B (3 doses) + Febre Amarela+ Tríplice Viral (2ª dose) + HPV (2 doses) + Dupla Adulto (reforço a cada 10 anos)
Adultos (20 a 59 anos)
Hepatite B (3 doses) + Febre Amarela + Tríplice Viral (um dose até 49 anos) + Dupla Adulto (reforço a cada 10 anos)
Gestantes
Hepatite B (3 doses) + Dupla Adulto (3 doses) + dTpa (um dose a partir da 27ª semana de gestação)
Idosos (acima de 60 anos)
Hepatite B (3 doses) + Febre Amarela + Dupla Adulto (reforço a cada 10 anos)
Vacinação contra a Gripe em Minas
Nesta sexta-feira (9/6), também se encerra a prorrogação da Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe. Com início no dia 17 de abril, a ação teve como objetivo imunizar 90% dos 5.5 milhões de pessoas que fazem parte do grupo prioritário (gestantes, idosos, crianças, crônicos, privados de liberdade), em todo o estado. Até o momento, foram aplicadas cerca de 3,7 milhões de doses, cobrindo 85,5% da população.
A meta foi alcançada nos grupos de indígenas (101,23%), puérperas (93,99%) e idosos (90,25%). Os demais grupos estão com baixa cobertura vacinal, sendo as gestantes (68,86%), crianças (71,46%), professores (89,36%), Trabalhador de Saúde (88,21%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 1.133.680 doses nos grupos de pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.
Como explica a coordenadora estadual de Imunização, EvaLídia Medeiros, a vacinação contra a influenza foi incorporada com o objetivo de reduzir internações, complicações e mortes pela doença na população que faz parte do grupo prioritário.
“A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral e de elevada transmissibilidade e distribuição global, com tendência a se disseminar facilmente em epidemias sazonais, o que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais)”, finaliza.
Agência Minas