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Professor revela como sobreviveu perdido por dias no Caparaó

Após quatro dias de buscas, o professor universitário Antônio Teodoro Dutra Júnior, de 43 anos, foi encontrado. Ele desapareceu na madrugada de domingo (09) na trilha do Parque do Caparaó. Com escoriações, mas lúcido, ele revelou que passou muito frio na mata e se alimentou apenas com uma barra de chocolate meio amargo.

A família acompanhava os trabalhos de voluntários, bombeiros e cães farejadores quando o professor foi encontrado, por volta das 12h40 desta quinta-feira (13). Ele estava a uma altura de aproximadamente 1,5 mil metros, próximo a um pesque-pague, no distrito de Ibitirama, localidade de Santa Marta.
Após o resgate dos bombeiros, ele foi encaminhado à Santa Casa de Misericórdia de Guaçuí, onde permanece internado. No hospital, em entrevista à TV Gazeta Sul, ele agradece o trabalho do militares para encontrá-lo.

“Estou bem. Graças a Deus consegui sair de uma aventura inesperada, mas já estou bem. Quero agradecer ao pessoal do resgate, a todos que torceram e oraram por mim. E dizer que vocês me tiraram de lá. Foi a força de todos vocês que me tirou de lá”, afirma.

Ele também falou sobre os momentos de tensão, como a fome e o frio. “Estava muito frio à noite, a água muito fria, mas eu quis sair de lá e consegui. Comi uma barra de chocolate, de domingo até hoje. De chocolate meio amargo”, conta.

CÃES FORAM FUNDAMENTAIS NO RESGATE

O professor acessou o parque pelo lado capixaba com um grupo de 32 pessoas no sábado, com previsão de subida no domingo. No total, 39 homens entre militares do Estado e de Minas Gerais, brigadistas e voluntários fizeram parte da equipe que percorreu a área do parque em busca do professor.

Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros de Guaçuí, Ari Jose de Santana Barbosa, a equipe K-9, composta por homens treinados e equipe com cães, guio os militares ao professor. “A equipe K9 teve papel fundamental. Guiou a equipe até chegar lá, dando direcionamento”, revela.

O estado de saúde do professor também surpreendeu o militar, que fez o transporte dele até a unidade. “Estava lúcido, orientado, mas com uma luxação no pé, mancando um pouco. Seus sinais vitais estavam estáveis. O estado dele nos surpreendeu para uma pessoa que passou tantos dias na mata. Não é fácil”.
Fonte: GazetaOnline

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