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Hemonúcleo Manhuaçu destaca a importância da doação de sangue

Todos os anos muitas pessoas têm suas vidas salvas graças à doação de sangue.

O sangue funciona como um transportador de substâncias de extrema importância para o funcionamento do corpo. Além disso, quase toda a defesa do organismo está concentrada nele. É um tecido de extrema importância para o funcionamento da máquina humana e não pode ser substituído por nenhum outro líquido. Por este motivo a doação é tão importante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o percentual ideal de doadores para um país esteja entre 3,5% e 5% de sua população. No Brasil esse número é preocupante, pois não chega a 2%. Esta quantidade, ainda sofre uma queda alarmante durante o inverno e as férias, períodos em quem os hemocentros são praticamente obrigados a operar com menos que o mínimo necessário. Ainda, complementando alguns dados estatísticos, o Ministério da Saúde divulga que os homens são responsáveis por mais de 70% das doações no Brasil e os jovens de 18 a 29 anos, correspondem a 50% dos doadores

sangue_vale_esteEm Manhuaçu, a presença do Hemonúcleo na região auxiliou os serviços hemoterápicos e hematológicos, possibilitando uma qualidade de vida dos pacientes com hemofilia e doença falciforme, que contam com acompanhamento e tratamento próximo de suas residências. A sede própria possui estrutura para coletar 600 bolsas de sangue por mês e o ambulatório realiza atendimento aos pacientes com coagulopatias (doenças hemorrágicas decorrentes da deficiência de um ou mais fatores da coagulação) e hemoglobinopatias (doenças genéticas que afetam a hemoglobina). Segundo a enfermeira do Hemonúcleo Manhuaçu, Tiara Poncio, a instituição reconhece o doador como peça fundamental no trabalho da entidade que hoje é referência no fornecimento de serviços de hematologia e hemoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Além de trabalhar com a coleta de sangue, o instituto realiza o cadastro para a doação de medula óssea e acompanha as pessoas que possuem doenças do sangue. Vale destacar que o Hemonúcleo Manhuaçu atende cerca de 24 cidades da região, incluindo hospitais da região e em caso de necessidade, hospitais de Belo horizonte e Juiz de Fora e a Fundação do Câncer, de Muriaé.

Tiara Poncio salienta que a regra básica para doação de sangue consiste na boa saúde do doador. “Isto é fundamental, a pessoa que não está desfrutando de boa saúde, seja por qualquer motivo, como em casos de problemas transitórios, a exemplo deste período frio no qual as viroses são bastante comuns, existe um impedimento transitório em que a pessoa não deve doar sangue”.

Além do critério saudável, a idade também faz parte das especificações para a doação. “A pessoa tem que ter entre 16 e 69 anos, lembrando que o menor de idade deve estar acompanhado dos pais e assinar termo de responsabilidade em relação a sua doação. Pessoas com mais de 60 anos devem ter realizado pelo menos uma doação antes de completar 60 e só podem doar duas vezes por ano. É claro que existem outas especificações, mas na triagem clínica realizada pelos profissionais teremos uma análise com mais clareza do histórico do doador. A partir deste procedimento vamos torná-lo apto ou não com base em seu histórico clínico e as suas condições de saúde”, disse.

De acordo com enfermeira do Hemonúcleo Manhuaçu, Tiara Poncio, a população de Manhuaçu e região pode comparecer ao núcleo e se cadastrar para ser doador de sangue. Nem todos podem doar, visto que a triagem clínica realizada pelos profissionais fará uma análise com mais clareza sobre as possibilidades de doação. Mas aos interessados, Tiara deixa um recado: “A população pode obter mais informações através do telefone 3339-3500. Também podem vir até o Hemonúcleo para saber a respeito do ato de doar sangue. Estamos aqui de braços abertos para receber cada doador que deseja dar a sua contribuição para que vidas continuem sendo salvas”, pontua.

Tipos de sangue 

No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns são o O e o A. Juntos eles abrangem 87% da população. O grupo B contribui com 10% e o AB com 3%.

O sangue O Negativo é conhecido como universal e pode ser transfundido em qualquer pessoa. Mas apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo sanguíneo. É muito utilizado pelos hospitais pois é o sangue que salva em situações de emergência. Entretanto, portadores do tipo O Negativo só podem receber doações de pessoas com o mesmo tipo de sangue.

Cada bolsa de sangue, com 400 ml, é capaz de salvar até quatro vidas. Entre os beneficiados, estão vítimas de acidentes, transplantados e pacientes com problemas de coagulação.  Estima-se que 3 milhões de brasileiros sejam doadores regulares. O ideal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), seriam 4 milhões, para impedir faltas pontuais nos estoques dos bancos de sangue. A doação dura cerca de uma hora e não traz riscos à saúde. A medula repõe o sangue retirado em até 2 meses nos homens e em 3 meses nas mulheres.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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