Vacina é a melhor forma de prevenção contra hepatite
O Dia Mundial de Combates a Hepatites Virais, 28 de julho, foi marcado por ações de prevenção e controle para o combate à doença através da Secretaria Municipal de Saúde. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Manhuaçu, Luane Sales, as ações do “Dia D” ocorreram na Praça 5 de Novembro, junto à Atenção Básica e Agentes de Saúde, com o objetivo de alertar e mobilizar a população sobre a importância da atualização do cartão de vacinas, além de levar informações sobre a doença. “Foram dadas explicações sobre a prevenção das hepatites, e dado direcionamento às pessoas para que procurassem seus PSFs para fazer a vacinação/imunização”, explica a coordenadora.
Passada a data, os trabalhos de prevenção continuam sendo executados afim de conscientizar as pessoas quanto à gravidade das hepatites virais e à necessidade de se fazer o teste rápido para detecção dos tipos mais perigosos da doença, que são a “B” e “C”.
Luane explica que a imunização ocorre com três doses da vacina contra a hepatite B. Já a hepatite C, não dispõe de vacina. Além de ser sexualmente transmissível, a doença do tipo B também pode ser contraída através de alicates de unha utilizados por várias pessoas, materiais como agulhas e objetos antes sem esterilização. A coordenadora ainda lembra que é preciso estar atento ao realizar procedimentos como sobrancelha definitiva, tatuagens e piercings.
Sintomas
A hepatite é uma inflamação nas células hepáticas do fígado e pode ser ocasionada pelos vírus A, B, C ou D. Entre os sintomas da hepatite estão mal estar, dor abdominal, febre baixa, dor de cabeça, fadiga, vômitos e pele amarelada. A doença não apresenta sintomas claros e o diagnóstico pode ser feito por exames de sangue, o “teste simples”, realizado nos postos de saúde dos bairros.
A doença do tipo A é comum em crianças e ocorre de forma branda e sem sintomas. Entretanto, ela é mais séria em adultos e os sintomas tendem a ser mais graves. A transmissão deste tipo da doença se dá por meio de água e alimento contaminados.
A evolução da doença pode resultar em um quadro de hepatite aguda, crônica, cirrose hepática e tumor no fígado, sendo que a hepatite “C” pode ficar no organismo por até 20 anos sem se manifestar.
“Qualquer destes sintomas já é indicativo para a pessoa estar procurando um posto de saúde para que o médico possa estar avaliando e ver o que realmente esse paciente tem, se é realmente hepatite ou alguma outra doença parasitária”, alerta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.
Surto
A coordenadora ressalta a importância de se manter o cartão de vacinação em dia e exemplifica a situação de alarde vivida no início do ano com o surto de febre amarela que atingiu Minas Gerais. “São doenças que podemos evitar para não deixar acontecer o que aconteceu por exemplo com a febre amarela, que é uma doença evitável e por conta de várias pessoas não estarem com o cartão de vacinação em dia, tivemos esse surto.”, conclui Luane.
Livia Ciccarini – Tribuna do Leste