Escola Estadual de Manhuaçu Ex-Polivalente: resgate da história da instituição

Os fatos abordados pelo Tribuna do Leste ao longo de seus 45 anos trouxeram acontecimentos que impactaram diretamente Manhuaçu e região. Em suas páginas, o impresso buscou mostrar a realidade de um município que se desenvolvia na década de 70 através de aprimoramentos das estruturas básicas de uma sociedade, como saúde, educação, obras e outros assuntos pertinentes a cidade.
No ano de 1972, o Tribuna do Leste já trazia em suas páginas o nascimento de uma instituição educacional, que igualmente ao impresso completou 45 anos de existência. Fundada em 25 de setembro de 1972, a Escola Estadual de Manhuaçu, (Ex-Polivalente) esteve ligada diretamente a assuntos educacionais de relevância para o município, e o Tribuna do Leste acompanhou essas ações nas décadas posteriores através das ações desenvolvidas pelos profissionais e alunos que por lá passaram.
Histórico
A Escola Estadual de Manhuaçu nasceu a partir da parceria entre o Ministério da Educação e Cultura, o Governo de Minas Gerais e o município de Manhuaçu. As matrículas foram iniciadas em 18 de abril de 1972 e no dia 25 de setembro foi o primeiro dia letivo da escola. As primeiras aulas foram ministradas para 225 alunos.
Atualmente, a instituição conta com cerca de 1.620 alunos, matriculados no Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e Cursos Técnicos. Além das disciplinas básicas ofertadas aos estudantes, a instituição possui, desde o semestre do ano passado, cursos técnicos de Administração e Marketing. A instituição desenvolve diversos projetos voltados a integração de alunos e corpo docentes, como a Feira Cultural, que já se encontra em sua 14º edição – com premiação aos melhores trabalhos, Gincana Solidária e Projeto Fica Comigo – ação que busca a melhoria da disciplina escolar, Festival de Música Popular Brasileira, ações do Projeto de Diversidade Inclusão e Mercado de Trabalho (DIM), palestras e conscientizações para todos os alunos sobre temas de relevância social como a dengue, o lixo e a coleta seletiva, as drogas e a consciência negra.
Anos 70
Em janeiro de 1972, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, foi realizada uma reunião com o pessoal técnico-administrativo que integraria a Escola Estadual Polivalente de Manhuaçu. No dia 25 de março do mesmo ano, no Clube Recreativo de Manhuaçu, foram empossados: Nilton Felisberto Lemos, como Diretor e Ercy Bárbara Justino, como Vice-diretora. E ainda: Maria Eugênia Vieira de Almeida – Coordenadora, Marcionília Rabelo Gomes como secretária e Solange Tarcila Barnabé para auxiliar de biblioteca.
Os primeiros professores da escola foram: Carlos Francisco Pereira Moreira, e João Batista Pereira Neto (História), Cecilia Soares Corrêia, Elaine Damasceno, e José Baptista de Carvalho (Técnicos Comerciais), Jeanete Alair Rodrigues, e Mauro Antônio Guerra (Geografia), Luzia Gomes Zevalhos Del Branco e Marilene Derli Resgala (Educação para o Lar), José Maria Soares e Marina Macedo Hott (Inglês), Maria de Lourdes Camilo Alves Costa e Maria Helena Magalhães Ferreira (Artes Industriais), Maria Luíza Muniz, Maria Lucimar Borela e Márcio Antônio Rocha da Silva (Ciências), Pedro Paulo Amaral de Souza e Roseli Alcebíades Ferreira (Práticas Agrícolas), Roberto Sad, Luís José Lopes Isidoro, Olga Carvalho Hott (Matemática), Vera Lúcia Leitão Póvoa, Wilma Damasceno da Silva Araújo, Marha Gabriel de Miranda, e Valério Damaso Barbosa (Português). A primeira servente escolar foi Dorothy Silva Cerqueira.
Anos 80
No final de 1975, assume a direção a Professora Ivone Ribeiro de Almeida que permaneceu no cargo até 1983. Em 1982 ocorreu o “Decenário do Polivalente”, e nessa época a escola contava com 1.200 alunos. Muitos objetivos foram alcançados, como o galpão de ginástica olímpica, o bosque das rosas, a ampliação da cantina escolar, o jardim de ciências, a implantação de cursos noturnos, o vídeo cassete presente nas salas de aula e os serviços de orientação. Esses foram alguns dos sonhos que se tornaram realidade.
Em 1983, assume a direção a Professora Nair Marques de Almeida. No ano seguinte é autorizado o ensino de Segundo Grau.
Em 1987, é criado o curso primário sob a direção do Professor José Augusto Leal Menezes.
Anos 90
Em 1992 a escola comemorou o seu vigésimo aniversário. Na ocasião, foi lançado o Jornal Mirante, tendo como coordenadoras as professoras Milca Moreira de Assis e Mariângela de Souza Fortes.
A gestão democrática chegou e o trabalho em conjunto da comunidade foi despontando a cada dia mais, através da participação de pais, professores, funcionários e alunos. Em dezembro de 1993 é realizada a segunda eleição de diretores no Estado de Minas Gerais, sendo eleita novamente Isabel Perígolo. Em 1994 a Escola funcionava com aproximadamente 1.600 alunos.
Em 1996, há nova eleição para a direção da Escola. A diretora Isabel, eleita pela comunidade, assume o seu terceiro mandato. A informatização na instituição se inicia em agosto de 1997 e no mesmo ano foi comemorado o Jubileu de Prata da Escola.
Isabel Mansur Perígolo permanece diretora até 1999, e no final do referido ano, após eleição escolar, é eleita como Diretora a Professora Maria Cristina Teixeira, que assumiu o cargo em fevereiro do ano 2000 e permaneceu na direção até abril de 2004.
Anos 2000
Em 2004, é eleita diretora a Professora Milces de Queiroz Nogueira Amaral juntamente com as vice-diretoras Marinalva Souza e Viviane Mucida. A nova gestão reestruturou o trabalho administrativo da escola e desenvolveu um resgate a estima de seus funcionários. Novos projetos foram criados, sendo destaques: a Feira Cultural, a comemoração da Semana da Criança, jogos interdisciplinares e campeonatos por série, ambos abertos a comunidade escolar.
Milces deixa o cargo em 2005 e quem assume a gestão escolar é a Professora Marinalva Souza, tendo como vice-diretoras Viviane Mucida e Joelma Teixeira. Nesse período, algumas mudanças ocorreram. A escola passou a ter a entrada oficial na rua Luiz Lino Valentim, e reformas foram realizadas nos banheiros masculino e feminino.
Em 2007, ocorre novo processo de eleição escolar e Marinalva juntamente com suas vice-diretoras permanecem na direção. Em 2010, a Professora Joelma deixa a vice direção e quem assume é o Professor Fabiano Alves Lomeu. Nesse período, ocorre novo processo de indicação para a gestão escolar e Marinalva continua à frente da direção.
Em 2012 a escola ganha mais um vice-diretor, a Professora Marluce de Castro Xavier Borges. É nesse ano também que são reformados o galpão e a cantina escolar.
Em 2014 a instituição recebe a construção do muro no entorno da escola, o que fora esperado por três anos após vários registros de invasões, roubos e danos ao patrimônio público.
Em 2015, a Secretaria de Estado da Educação promove novo processo de indicação de Diretores pela comunidade escolar. Marinalva, Viviane, Fabiano e Marluce são eleitos, permanecendo na direção até os dias atuais.
Aprimoramento educacional
Segundo a diretora da Escola Estadual de Manhuaçu, Marinalva de Souza, ao longo desses 45 anos, a escola sempre buscou melhorias e aperfeiçoamento na questão pedagógica. “A instituição abraçou a intervenção como meio de sanar as dificuldades existentes e alcançar resultados satisfatórios. Adotamos o calendário bimestral de avaliações, visando a melhoria da participação da família no ambiente escolar, desenvolvemos o “Atendimento Pedagógico Diferenciado”, tendo um Professor Alfabetizador que dá apoio e suporte aos alunos do 6º ano que não consolidaram o processo de alfabetização, construímos uma sala pedagógica independente e com mais privacidade, reformamos a biblioteca, e criamos salas de audiovisual e computação onde foram colocados os computadores recebidos através do Projeto Reinventando o Ensino Médio. Tudo com o objetivo de fomentar a vocação educacional em nossos estudantes”, finaliza Marinalva Souza.
Danilo Alves – Tribuna do Leste