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Polícia Civil faz reconstituição do homicídio de manicure em Martins Soares

Adriana de Castro Pinheiro, 39 anos, foi morta pelo esposo com um cachecol
Adriana de Castro Pinheiro, 39 anos, foi morta pelo esposo com um cachecol

A Polícia Civil reconstituiu na tarde de quinta-feira, 25/10, na zona rural de Martins Soares, os fatos que culminaram com a morte de Adriana de Castro Pinheiro, 39 anos, (foto), em fevereiro do ano passado. Na ocasião, Paulo Lúcio de Souza, esposo de Adriana, registrou na delegacia de Iúna/ES, o seu desaparecimento e chegou, juntamente com amigos, a espalhar cartazes com foto da esposa.

No decorrer das investigações, os indícios levaram a Polícia Civil a crer que se tratava de um homicídio e em conversa com o esposo da vítima, este confessou o crime.

De acordo com o investigador Max Pedroso, da Delegacia de Polícia Civil de Manhumirim, a reconstituição serve para esclarecer algumas dúvidas relacionadas aos fatos. “Após os exames de necropsia, realizados pelo médico legista e auxiliado pelo policial civil Wendel, pôde constatar através de marcas no corpo da vítima que se tratava de um homicídio, e como a última pessoa que havia estado com ela em vida era o marido fomos até ele e o mesmo confessou o crime”, disse.

Durante a reconstituição, Paulo Lúcio contou detalhes importantes do fato. Em sua narrativa, ele disse que após uma discussão dentro do carro a esposa saiu do veículo e caminhou por uma estrada de terra em direção à BR 262. Com intuito de impedi-la, Paulo pegou um pedaço de tecido que estava dentro de uma sacola no carro, que depois comprovou-se ser um cachecol, e passou pelo pescoço da esposa. “Eu só segurei e ela caiu no mesmo instante, foi tudo muito rápido, só então eu me dei conta do que eu tinha feito e me arrependi. Depois que ela caiu no chão eu a peguei arrastei pela estrada e coloquei ela perto da árvore e fui embora”, disse o acusado.

O advogado Glauco Macedo, o “Glauquinho”, acompanhou toda a reconstituição. Segundo ele, a colaboração do seu cliente é muito importante para elucidação dos fatos. “Mesmo tendo a princípio negado o crime, meu cliente desde o início tem ajudado a polícia nas investigações com informações. Nós já entramos com um pedido de Habeas Corpus e estamos aguardando a decisão da Justiça”, explica.

De acordo com a defesa, o crime teve motivação passional. “Homicídio passional é a expressão usada para designar o homicídio que se comete por paixão. Paixão esta, entendida como uma forte emoção, que pode comportar às vezes um sentimento platônico. Infelizmente aconteceu e sempre irá acontecer. A melhor maneira de se evitar um crime passional é  se separar quando o relacionamento começar a ficar turbulento, não deixe as coisas perderem o controle”, orienta o advogado.

Paulo Lúcio foi encaminhado para o presídio e encontra-se à disposição da Justiça. A ação foi realizada pelos investigadores Kelly Lima Moura, Jorge Luiz Cordeiro de Oliveira, Nat King Cole e Max Pedroso.

 

 

Jailton Pereira – Tribuna do Lesta

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