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Verão 2019: estação deverá ter temperaturas acima da média histórica

No Hemisfério Sul, o verão começou exatamente às 19h22 na sexta-feira, 21. A estação é caracterizada por um dia com 13 horas e 22 minutos de duração, ou seja, o sol irá nascer às 6h15 e se por às 19h37. Enquanto isso, quem mora no Hemisfério Norte terá a noite mais longa do ano, o solstício de inverno.

Segundo o meteorologista Ruibran dos Reis, a região da zona mata pode esperar por muito sol e calor, principalmente na segunda quinzena de janeiro e na primeira quinzena de fevereiro, quando poderá ocorrer recordes de temperaturas, não só na região, mas em boa parte do estado de Minas Gerais. Ele salienta que o início da estação pode vir acompanhada de uma frente fria que trará possibilidade de chuvas na próxima semana. “Mas o verão será marcado por temperaturas elevadas e poucas chuvas na Zona da Mata”, afirma o especialista.

Ruibran dos Reis reitera que historicamente o verão é a estação mais chuvosa da zona da mata. Entretanto, ele afirma que a previsão é de poucas chuvas na região – fato que deve ficar ligeiramente abaixo da média histórica. “Chuvas somente na primeira quinzena de janeiro e depois no mês de março. Vamos ter um verão marcado por poucas chuvas com temperaturas entre 2 e 3 graus acima da média”, analisa.

Características

Climatologicamente, a estação é caracterizada pela elevação da temperatura em todo país, em função da posição relativa do sol mais ao sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo, ou seja: chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

Nessa estação, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.

Os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre o sudeste do Amazonas e norte do Mato Grosso, podendo alcançar totais de chuvas superiores a 900 milímetros, entre os meses de dezembro a fevereiro.

Devido às suas características climáticas, o verão é especialmente importante para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, por meio das hidrelétricas, e para a reposição hídrica e manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

Fator preponderante

De acordo com o meteorologista Ruibran dos Reis, o verão terá um diferencial importante e que vai determinar mudanças nas características básicas da estação em cada Região do Brasil. Será um verão influenciado pelo fenômeno El Niño, que se efetiva com fraca a moderada intensidade até o fim de dezembro de 2018 e começo de 2019. Ele diz que a expectativa é de que o El Niño 2019 tenha características clássicas e que seja de curta duração, persistindo só mesmo nos meses de verão. O Outono 2019 já não terá influência deste fenômeno.

De forma geral, a previsão climática aponta que a chuva de janeiro de 2019 será próxima da normalidade para o mês na maioria das áreas do país. O maior impacto do El Niño no verão será durante o mês de fevereiro que terá aumento do calor e redução da chuva. Em março a chuva retorna, mas ainda com influência do El Niño.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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