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Professores decidem manter greve da rede estadual em Minas

Categoria convocou assembleia na tarde desta quinta-feira (5) e optou pela manutenção da paralisação iniciada em fevereiro. Ato unificado com as redes municipais de Betim e BH protestou a favor do pagamento do piso salarial nacional

Professores da rede estadual de Minas Gerais decidiram, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (5), continuar em greve. A categoria tomou a decisão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde líderes sindicais se reuniram com representantes do governo estadual para tentar costurar um pacto em prol do reajuste salarial. Contudo, segundo o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), não houve acordo entre as partes.

O sindicato pede que o governador sancione o Projeto de Lei 1.451/2020 e a emenda 2/2020, que garante isonomia salarial ao funcionalismo e o pagamento do piso salarial nacional aos educadores. Em caso de sanção, os servidores recebiam um aumento de 41,7%.

O texto, elaborado pelo governador Romeu Zema (Novo), foi enviado à Assembleia em 6 de fevereiro e aprovado em 19 do mesmo mês e previa aumento escalonado apenas para os servidores da segurança pública. Contudo, a emenda 2/2020 também estendeu o reajuste às outras categorias.

“Tivemos uma reunião com o governo, mas ela não trouxe para nós os objetivos que esperávamos. Fomos com toda disposição para reunir e negociar, mas infelizmente a representação do governo do estado não foi com esse mesmo espírito para o encontro, que terminou sem acordo algum. Temos nova assembleia no dia 12 e, por enquanto, não há nova agenda com o Executivo”, explica a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Denise Romano.

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação informou que os secretários Estado de Planejamento e Gestão, de Fazenda e de Educação disseram ao Sind-UTE na reunião que o Executivo “ainda realiza análise” da emenda.

A Educação também reafirmou “que respeita o direito constitucional de greve” e reiterou “que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais”.

A Secretaria de Planejamento e Gestão “ressalta que vem recebendo e dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias”. O governo do estado também ressaltou que “70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral”. O restante depende da operação financeira com nióbio.

Estado de Minas

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