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Especilista diz que avião que levava Marília Mendonça era confiável e explica por que não houve explosão

Cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas morreram em um acidente aéreo na sexta-feira (6), em Caratinga

A cantora Marília Mendonça e mais quatro pessoas morreram em um acidente aéreo na sexta-feira (6), em Caratinga, no interior de Minas Gerais. A aeronave caiu em uma cachoeira a quatro quilômetros do aeroporto. O que causou a queda do avião ainda será investigado, no entanto a Itatiaia buscou saber o que pode ter causado o acidente.

O especialista em aviação, comandante Luiz Monterani, afirma que o avião modelo Beechcraft King Air C90A, é um dos mais confiáveis da categoria e era seguro de ser operado. “É um avião conceituado. É excelente avião. Foi conferido e checado em 2020. É um avião que tem dois motores, consequentemente são necessários dois pilotos. É uma aeronave que tem capacidade de fazer voos noturnos, voos por instrumento, é um excelente avião, que é fabricado repetidamente em razão da sua qualidade”, explica.

Questionado sobre o que pode ter ocorrido, já que o avião caiu muito perto do aeroporto e não ficou totalmente destruído, Luiz Monterani deu um paranoma geral das possibilidades. “Um avião de dois motores ele voa com um motor só. Ele voa até sem motor. Ele vai baixando, até que o comandante encontre um local seguro para fazer a aterrissagem. Neste caso específico, ele se acidentou em uma cachoeira. O que dá indícios de local com montanhas. Isso pode levar a crer que o tempo pode ter tido influência grande neste acidente”, disse.

O comandante ainda explicou quais dificuldades podem ter ocorrido no acidente. “Não houve colisão de frente. Em região de montanha não tem possibilidade de ir parando devagar, ele vai parar instantaneamente em razão dos obstáculos. O que faz ter uma aceleração de “G” muito grande e o nosso organismo não suporta uma parada brusca. Esse avião deveria estar em uma velocidade de uns 200km/h, uma velocidade de aproximação. Se houve uma parada brusca, é muito forte para o nosso organismo. Quem pode informar isso é o SIPAER [Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos].

Luiz Monterani explica ainda que a região do aeroporto não é considerada de bom acesso. “Ali também é um aeroporto que não tem os auxílios de segurança que possa trazer um respaldo para o piloto para fazer uma aproximação segura. Ainda é cedo análises detalhadas”.

Sobre uma possível falta de combustível, hipótese levantada devido a não explosão da aeronave, o comandante Luiz Monterani explica que o combustível usado no avião e o local contribuíram. “O motor ajato usa querosene. Se você pegar uma lata de querosene e colocar fogo, o fósforo vai apagar. O perigoso é o vapor do combustível. Quando o combustível vaza e cai numa região quente, próximo ao motor ou ao trem de pouso, e dali se transforma em vapor, aí se torna explosivo. Neste acidente houve vazamento, mas o combustível deve ter sido levado pela água ou ter ficado numa rocha fria, ele então não vira vapor e não explode”, concluiu.

Fonte: Itatiaia

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