Nesta sexta-feira (29), por volta das 17h15, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Realeza compareceu no KM 602,4, da BR-116, próximo à São João do Manhuaçu, para atendimento de manifestação no local. Segundo informações de moradores a ação ocorreu em decorrência de melhorias em prol da rodovia. Havia cerca de 50 pessoas no local, dentre homens, mulheres e crianças.
No local, os policiais visualizaram obstrução da via nos dois sentidos, com ateamento a fogo em pneus, sendo que as chamas estavam em grande altura e havia duas equipes da concessionária EcoRioMinas sinalizando o local.
De acordo com informações da PRF não foi possível identificar qual das pessoas presentes eram responsáveis pela interdição da rodovia. Mesmo com a comoção, os manifestantes dialogaram com os policiais rodoviários federais e informaram que apesar da mobilização não havia uma liderança à frente da manifestação, salientando que estavam no local para reivindicar melhorias devido a falta de segurança no acesso à comunidade de São Sebastião da Vista Alegre.
Um vereador da cidade de São João do Manhuaçu se dispôs a falar em nome da comunidade, porém, disse que não foi responsável pelo fechamento da rodovia e nem soube indicar as pessoas responsáveis. Ele afirmou ainda que a maioria dos manifestantes são de fato moradores da comunidade.
Segundo o vereador, a reivindicação dos moradores é a remoção de um “guard rail” instalado pela EcoRioMinas no local que prejudica os veículos a se posicionarem mais à direita com segurança para convergir à esquerda. E que a maior dificuldade é o acesso seguro por ônibus escolares já que a defesa ocupa parte do acostamento. O vereador em questão afirmou ainda que no local já ocorreram vários acidentes, inclusive com pessoas mortas. Portanto, exigem a instalação de um melhor acesso e colocação de quebra-molas no local.
Os moradores reivindicam uma reunião com representantes da empresa EcoRioMinas para buscar uma solução definitiva para o problema.
A equipe da PRF conseguiu dialogar e indicou que eles devem buscar um caminho legal para solução, dentre ele uma reunião com a empresa e fazer a solicitação. Caso seja negado a reivindicação, que eles busquem soluções junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), que é a responsável pela fiscalização da empresa no trecho.
Os moradores concordaram em liberar a pista e após negociação a pista foi completamente liberada por volta de 18h28 por meio de uma carregadeira cedida por um morador que possui propriedade próximo ao local. Vale salientar que não foram registrados incidentes.
Danilo Alves – Tribuna do Leste
