Comunidade se despede do Padre João Lúcio em Manhumirim
O Santuário do Bom Jesus, em Manhumirim, recebeu na manhã desta segunda-feira (25) o corpo do padre João Lúcio Gomes Benfica, missionário sacramentino, falecido aos 59 anos. O velório teve início às 8h e, às 10h, foi celebrada a missa exequial seguida do sepultamento no túmulo dos Missionários Sacramentinos, no próprio município.
Durante a cerimônia, padres, bispos, religiosos e fiéis destacaram a trajetória pastoral e o legado deixado pelo sacerdote, conhecido pela alegria, simplicidade e dedicação à Igreja. Entre a emoção dos fiéis, o que prevaleceu foi a lembrança de um sacerdote profundamente amado pelas comunidades, cuja vida pastoral foi marcada pelo sorriso constante, pelo cuidado com os mais pobres e pelo compromisso com a missão.
O Superior Geral dos Sacramentinos de Nossa Senhora, padre José Raimundo, SDN, ressaltou que o missionário exerceu seu ministério em diversas regiões do Brasil e também em Angola. “Foi um homem encantado pelo sacerdócio e pelo povo, sempre com um sorriso nos lábios. Deixou muitas amizades por onde passou, além de grande contribuição também na área administrativa da congregação”, afirmou.
Companheiro de missão na África, o padre Renato Dutra Gomes, SDN, recordou a convivência próxima no período em que estiveram juntos em Angola. “Era difícil vê-lo de semblante fechado. Até nos momentos de tensão, transmitia alegria. Tinha o dom de aproximar as pessoas e de transformar qualquer encontro em fraternidade”, disse.
O pároco e reitor do Santuário do Bom Jesus, padre Marcos Antônio Alencar, SDN, também destacou a marca da fraternidade e do zelo missionário de João Lúcio. “Era um sacerdote alegre, simples e próximo das pessoas, sempre reunindo famílias e amigos. Deixou um exemplo de vida pastoral fecunda e missionária”, ressaltou.
Já o pároco de São Lourenço, padre Carlos Altoé, SDN, reforçou a esperança cristã neste momento de luto: “O padre João Lúcio viveu sua vocação de forma intensa e plena. Acreditamos que ele já participa da vida eterna prometida aos que respondem com generosidade ao chamado de Deus”.
O bispo emérito de Caratinga, Dom Emanuel Messias, lembrou a dedicação missionária do sacerdote. “Foi um grande evangelizador, que transmitia a alegria do ministério. Sua morte tão precoce é dolorosa, mas também um momento de agradecimento a Deus pela caminhada e pelo testemunho que deixou”, disse.
Entre as manifestações de carinho, também emocionou o depoimento do encarregado João Batista Bernardo, que conviveu com o sacerdote desde os tempos de seminário e trabalhou ao seu lado na administração de propriedades ligadas à congregação. “Foram quase três décadas de convivência. Ele sempre foi uma pessoa excelente, carismática, muito querida pela comunidade. Atualmente, ajudava a coordenar o trabalho de mais de 40 famílias nas fazendas. Para mim, o padre João Lúcio foi mais que um líder: um grande amigo e irmão, cujo legado ficará para sempre”, destacou.
Danilo Alves – Tribuna do Leste