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Consequências da adultização de crianças podem se estender à vida adulta

Cada vez mais expostas a padrões de comportamentos adultos, crianças e adolescentes enfrentam riscos que ultrapassam o ambiente digital. A adultização, segundo especialistas, compromete etapas fundamentais da infância e podem gerar dificuldades duradouras. A neuropsicóloga Brenda Teixeira explicou o que é considerado adultização e apontou que existe uma tendência de meninas serem mais afetadas por essa realidade do que meninos. 

A neuropsicóloga destaca ainda que pular etapas fundamentais do desenvolvimento infantil, como a primeira e segunda infância podem prejudicar a evolução da criança e desencadear problemas ainda mais graves na vida adulta. “Na infância, quando a criança não está vivendo aquela fase do desenvolvimento necessária, é muito comum, segundo as pesquisas, a gente observar sinais de ansiedade e depressão. As pesquisas são fidedignas nas questões das redes sociais e do acesso sem cuidado a internet. e na vida adulta, como você pulou ali aquela fase, você pode ter fadiga emocional, dificuldade de socialização. Então diversos problemas emocionais podem ser gerados por essa falta de cuidado de passar a infância, porque realmente a infância importa muito, a infância precisa mesmo ser cuidada.”

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância, UNICEF, a primeira infância, que é estipulada até os 3 anos de idade, é uma fase de extrema importância para o bom desenvolvimento da criança. Neste período, a influência de boas oportunidades em relação a saúde e educação são cruciais, já que podem afetar inclusive a longo prazo, o desempenho escolar e profissional, causar problemas de saúde e até afetar outros fenômenos sociais. A segunda infância, determinada entre 3 e 6 anos de idade, é uma fase em que a construção do desenvolvimento cognitivo é mais forte, nesta fase as brincadeiras, por exemplo, desempenham papel importante para a aprendizagem. 

A Neuropsicóloga destaca que é necessário a orientação dos pais e responsáveis, além de políticas públicas voltadas para a infância e maior afinco no controle de conteúdo infantil na mídia.  

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