CidadeDestaqueEsportes

Entre estudos e treinos, menino de 8 anos segue em busca do sonho de jogar Futebol

Em Manhuaçu, vive Arthur de Sousa Dutra Bonifácio, um menino de apenas oito anos que respira futebol. Filho de Patrícia Fortunato de Sousa Dutra Bonifácio e Romário Bonifácio, ele transforma qualquer espaço em campo e qualquer bola em um sonho de gol.

Desde muito pequeno, Arthur só queria saber de jogar bola. Patrícia lembra que, em cada aniversário, entre carrinhos e brinquedos novos, ele só tinha olhos para uma bola de futebol. “Podia ter o robozinho mais bonito, mas ele queria mesmo era bola. Chegava a bater na parede sozinho, por horas”, conta a mãe, rindo das lembranças da infância do filho. O amor pelo esporte ganhou força quando o pediatra sugeriu que Arthur praticasse atividade física para cuidar da saúde. O menino, então gordinho, não teve dúvidas: escolheu o futebol. E foi no primeiro treino que o talento apareceu. “O treinador olhou e disse: esse menino bate na bola diferente”, recorda Patrícia.

Desde então, a rotina da família mudou. Vieram as escolinhas, os primeiros campeonatos e os convites para jogar em novos times. Aos sete anos, Arthur já fazia gols de falta, mesmo jogando nas posições mais recuadas, como volante e zagueiro — escolha dele, sem interferência da família. “Ele sempre gostou de orientar os colegas. Mesmo tão novinho, já era capitão e ajudava os outros meninos a se posicionar em quadra”, conta a mãe. Conciliar o sonho com a escola também faz parte do compromisso do pequeno atleta. O combinado com os pais é claro: primeiro os estudos, depois o futebol. “Ele mesmo entende que precisa estudar para poder jogar e continuar com as bolsas nas escolinhas”, explica Patrícia.

A lista de conquistas do pequeno atleta só cresce:  Copa Divino Futsal e, mais recentemente, a Dani Cup, em Ribeirão Preto, considerada uma das maiores competições infantis do país. Nesse torneio, Arthur brilhou: marcou dois gols de falta na semifinal e ajudou seu time a chegar à final, que terminou com vitória por 2 a 1. Para o pai, Romário Bonifácio, o segredo é apoiar sem pressionar. “Tudo dele é futebol. Desde pequeno a gente correu atrás, levou em treinos, em campeonatos. Ele foi emagrecendo, ganhando confiança e hoje se destaca. A gente acompanha de perto, mas deixa o sonho ser dele”, afirma emocionado.

O talento de Arthur também chamou atenção do treinador Maurício Fruença, que enxerga no garoto uma futura promessa do esporte. “Ele tem um chute forte, bom domínio e muita vontade de aprender. Além da parte esportiva, trabalhamos muito disciplina e caráter. Se ele não virar atleta profissional, será um homem de bem. Mas ele tem tudo para chegar longe”, avalia o técnico.

E o que diz o protagonista dessa história? Arthur fala com a naturalidade de quem leva o futebol no coração: “Eu sempre gostei de bola. Me inspiro vendo os jogadores jogarem. Meu ídolo é o Neymar, porque ele tem muita técnica. Quero ser jogador profissional, ajudar meu pai e minha mãe e jogar no Flamengo, que é o meu time do coração”, destacou.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

Comentários

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo