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Reflexão: Assunção de Nossa Senhora, Dogma da Fé

Irmãos e irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo, neste final de semana celebramos a solenidade da assunção da bem-aventurada Virgem Maria. Lembramos que, após a morte de Maria, ela foi elevada ao céu em corpo e alma. Seu corpo não sofreu a corrupção consequência do pecado original que ela não teve.

Embora seja uma verdade aceita pela Igreja desde o início, mas ela só foi oficialmente declarada como verdade de fé, ou seja, um dogma, apenas no dia 1º de novembro de 1950 pelo Papa Pio XII. É um dos quatro dogmas marianos que a Igreja nos apresenta. Maria, Mãe de Deus, a Virgindade de Maria, a Imaculada Conceição e a Assunção de Maria.

O Papa Pio XII, sob a inspiração do Espírito Santo, depois de consultar todos os bisos da Igreja Católica e escutar os sentimentos dos fiéis, então teve essa liberdade e autoridade para definir solenemente o dogma da Assunção de Maria na Constituição, Santíssimos Deus. Neste terceiro domingo de agosto, mês das vocações, dedicamos o dia aos religiosos e Maria, Nossa Senhora, é apresentada como modelo de pessoa consagrada em um sinal de Deus no mundo de hoje. Com efeito, os consagrados, a vida religiosa consagrada é entendida como o dom de Deus, é uma riqueza para o mundo.

Os frades, as freiras, os irmãos, as irmãs. Vivem, então, a sua vida toda dedicada ao Senhor. Mas, mesmo tendo essa grandeza, nos últimos tempos nós assistimos e, tristemente, vamos contemplando uma diminuição das vocações.

É claro que isso afeta todos nós, ficamos preocupados, ficamos estudando a situação. Mas eu gostaria de partir de uma reflexão do Papa Bento XVI, na Carta Encíclica, Deus, Cáritas, Este, o número 1, ele começa dizendo assim. Não se começa a ser cristão através de uma decisão ética ou de uma grande ideia, mas através do encontro com um acontecimento, com uma pessoa que dá um novo horizonte à vida e constitui uma orientação definitiva.

Qual este encontro? É o encontro com Jesus Cristo. Se toda a vida cristã nasce do acontecimento do encontro com a pessoa de Jesus, a vida religiosa consagrada, que tem origem profética, não pode nascer nem prosperar sem uma dimensão profundamente espiritual e mística sob a ação do Espírito Santo. Toda vocação à vida religiosa é fruto do encontro com a pessoa de Jesus Cristo.

Então, nós nos perguntamos e nos questionamos, é possível passar dessa situação de caos para o tempo de salvação ou do cairós? É possível, claro, mas deve ser algo que parta, ou que nos envolva num passar pessoal e comunitário da morte à ressurreição. Exige não se apegar a um passado obsoleto, mas abrir-se a ação nova, transbordante e vivificante do Espírito de Jesus que atua a partir de situações mais dolorosas, nos momentos de crise e de morte. Fecham-se algumas portas, mas por outro lado abrem-se outras.

Um Espírito que nunca está em greve, nem na Igreja e nem na história da humanidade. Saibamos, então, enfrentar este momento, nunca desanimemos e nunca deixemos de rezar pelas vocações consagradas religiosas. Que maravilha, que dor maravilhoso, que alegria, que satisfação quando uma família recebe essa graça de oferecer um filho ou uma filha para a vida religiosa consagrada.

É uma grande bênção, não só para a família, mas para a comunidade. Rezemos pelas vocações, rezemos pelos sacerdotes, rezemos pelas religiosas. Fiquem com Deus, um grande abraço e que Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora Assunta o Céu, rogue e interceda sempre por nós.

 

Pe Mundinho, SDN

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