Segurança Pública e Cidadania: Acidentes de trânsito – Quando a imprudência vira problema de todos nós
Gente, vocês sabiam que só no ano passado o SUS gastou quase 450 milhões de reais só com os primeiros atendimentos de vítimas de acidentes de trânsito? É isso mesmo: quase meio bilhão de reais! E sabe qual é o perfil mais comum dessas vítimas? Motociclistas envolvidos em acidentes graves.
A moto, infelizmente, é hoje o veículo que mais mata e mais mutila no Brasil. É uma realidade dura, que mostra o tamanho da negligência e da imprudência no trânsito. E o pior: essa conta, no fim das contas, cai no colo de todos nós.
Aqui na nossa região, por exemplo, o Hospital César Leite, em Manhuaçu, é quem recebe a maior parte das vítimas desses acidentes. É pra lá que vão os feridos de toda a região. Só que o hospital vive uma situação complicada: muitos acidentes, muita demanda, alto custo de atendimento… e pouco ou quase nenhum ressarcimento por tudo isso. Ou seja, além de salvar vidas, o hospital ainda precisa se virar pra dar conta das consequências financeiras de algo que poderia ter sido evitado.
A verdade é que precisamos parar e refletir: até quando vamos aceitar que o trânsito continue assim? Não dá pra continuar normalizando o excesso de velocidade, o uso do celular ao volante, a falta de capacete, de cinto, de responsabilidade.
A imprudência no trânsito não afeta só quem sofre o acidente. Ela pesa no sistema de saúde, atrasa outros atendimentos, e coloca todo mundo em risco.
Por isso, o recado é simples: vamos nos cuidar e cuidar dos outros também. Respeitar as leis de trânsito, dirigir com atenção, e ter mais empatia no trânsito é o mínimo que podemos fazer. Não é só sobre evitar tragédias — é também sobre garantir que o sistema de saúde continue funcionando pra quem realmente precisa.
Carlos Souza – Delegado