Segurança Pública e Cidadania: Regulamentar as Redes Sociais é Indispensável para Evitar Crimes
O tema da adultização e da exposição de crianças nas redes sociais não pode mais ser tratado como algo banal ou natural. É preciso falar com clareza: fotos de bebês nus no banho, imagens de crianças em praias ou em poses que simulam comportamentos adultos não são inocentes. Esses conteúdos alimentam criminosos, em especial pedófilos, que circulam livremente pelas plataformas digitais.
É urgente uma regulamentação séria e responsável da mídia digital. Liberdade de expressão não pode ser confundida com libertinagem de expressão. Quem defende a ausência de regras são justamente as big techs, as gigantes donas das redes sociais, que faturam juntas trilhões de dólares por ano com cliques, acessos e engajamento, enquanto as vítimas são deixadas à própria sorte.
E aqui não falamos apenas das crianças. Adultos e, principalmente, idosos também estão sendo massacrados por golpes virtuais. Basta lembrar-se do chamado “jogo do tigrinho”, que já enganou milhares de pessoas. Esses crimes poderiam ser reduzidos ou até evitados se as plataformas implementas sem filtros mais rigorosos para impedir que bandidos enganem usuários vulneráveis. Mas como os golpes geram movimento, engajamento e, no fim, mais lucro, as empresas preferem fingir que nada acontece.
O que precisamos é simples e urgente:
Regras claras para limitar a exposição de crianças;
Obrigação para as big techs instalar de filtros de segurança contra conteúdos criminosos e fraudulentos;
Responsabilização das empresas de rede sociais que permitem a circulação de materiais que exploram inocentes ou servem de ferramenta para golpistas.
As redes sociais não são um espaço fora da lei. Elas não podem continuar servindo de palco para exploração, sexualização infantil e golpes contra os mais vulneráveis. O interesse econômico das big techs não pode se sobrepor ao direito fundamental à dignidade, à segurança e à proteção da vida.
Seguimos cobrando: regulamentação já Porque liberdade não é libertinagem, e ninguém pode lucrar à custa da dor e da inocência dos outros.
Carlos Souza – Delegado