Com a chegada da primavera, há um aumento na incidência de alergias respiratórias, como rinite e asma. A combinação entre maior umidade, elevação da temperatura e o período de polinização em regiões como a de Manhuaçu, com forte presença da cafeicultura, favorece o surgimento de alérgenos no ambiente.
Segundo a pneumologista, Dra Jéssica Queiroz, o pólen das flores e o aumento da proliferação de fungos são os principais fatores desencadeadores de crises nesta época do ano. Além disso, o ar-condicionado também pode contribuir para o agravamento dos sintomas, não em decorrência da temperatura, mas sim da falta de manutenção adequada do aparelho: “O problema não é a temperatura do ar-condicionado, o problema são os alérgenos que acumulam ali naquele filtro — poeira, mofo, ácaro —, então está muito associado à falta de higienização adequada”, alerta.
Os sintomas mais comuns das alergias respiratórias incluem espirros, coriza, congestão nasal e tosse. Em casos mais graves, as crises podem evoluir para broncoespasmos, relacionados à asma e bronquite. A médica também menciona que, em alguns pacientes, pode haver manifestações cutâneas como coceiras e vermelhidão.
Embora a prevenção total das crises seja difícil, devido à forte relação com fatores ambientais, algumas medidas podem ajudar a reduzir os impactos. Manter os ambientes limpos, arejados e livres de umidade é essencial, assim como evitar a exposição a produtos com cheiro forte e fumaças diversas: “A forma de prevenir passa por uma higiene ambiental adequada: manter o ambiente de trabalho e de casa sempre bastante arejado, limpo, evitar infiltrações e a proliferação de mofo”, recomenda.
A médica também menciona que a exposição a perfumes, produtos de limpeza e fumaças, como as de fogões a lenha e secadores de café, deve ser evitada, pois também são agentes que contribuem para o agravamento de quadros alérgicos e respiratórios.
Lorena Correia – Tribuna do Leste