Alunos de Medicina apresentam resultados do projeto “Filtra Vida” sobre qualidade da água em Manhuaçu
Os alunos do quarto período de Medicina da Unifacig, em Manhuaçu, apresentaram nesta quinta-feira (13) os resultados do projeto “Filtra Vida”, que tem por objetivo avaliar a qualidade da água e as condições de saneamento da população.
Cerca de 70 famílias participaram do projeto, que testou a qualidade da água e tratou dos cuidados necessários com a filtragem e higiene dos alimentos nos bairros São Francisco de Assis, Santana e Nossa Senhora Aparecida. A análise inicial foi realizada por meio de um questionário que identificou que 34,8% das famílias possuíam crianças. Entre os participantes, 17% nunca haviam realizado teste de verminoses. A aluna Maria Eduarda Fernandes explicou: “Algumas crianças, não foram todas as casas que continham crianças, mas uma bela porcentagem que nós tivemos de crianças não tinham feito o teste para a verminose, quando a gente foi comparar, e isso é muito importante porque as crianças são a base de tudo.”
O professor do curso de Medicina e coordenador do projeto, Igor Rodrigues de Souza, destacou a interação com a comunidade proporcionada pelas ações de extensão: “A importância de nós desenvolvermos a ascensão é porque a finalidade do ensino, a finalidade da educação são as pessoas. Então nós precisamos fazer com que os nossos alunos, os estudantes de medicina vão até as casas das pessoas, as pessoas levam dúvidas, perguntas. Isso é fundamental para a gente pensar uma educação diferente.”
Igor informou que os próximos passos incluem testagens de parasitoses e exames nas águas de mina, que já estão em andamento. O grupo também busca incentivos para continuidade das ações a partir de um projeto de lei.
Além das testagens, os alunos distribuíram filtros de barro para famílias que se enquadraram nos seguintes critérios: não possuir filtro de barro, estar dentro do limite de renda previsto e manter os cuidados de limpeza e higiene da água. Alguns filtros, personalizados em parceria com o projeto, ainda estão em processo de entrega.
O controlador interno de Manhuaçu, Sávio Rodrigues Carvalho, acompanhou a apresentação e afirmou que o poder público deve utilizar os dados levantados para fortalecer ações relacionadas ao tema: “Questões que envolvem vulnerabilidade, questões de saúde pública, o próprio nome de saúde pública, então, o poder público, ele tem que estar presente sim, ele entender o papel dele, é um papel não somente de pegar esses dados, que foram produzidos de alta importância, esses dados vão ser realmente comparados com os dados que nós temos dos agentes de saúde, para que a gente possa produzir realmente uma saúde pública de excelência aqui.”
Lorena Correia – Tribuna do Leste



