A Polícia Militar de Meio Ambiente realizou, na manhã desta sexta-feira, 28 de novembro, mais uma fase da operação contra maus-tratos a animais de grande porte em Manhuaçu. Nesta oportunidade, sete animais equinos foram apreendidos, abandonados nas vias da cidade. Esses animais serão encaminhados para um espaço preparado para recebê-los de forma adequada e sob os cuidados de médicos veterinários.
Essa operação é uma continuação da que aconteceu em agosto deste ano, quando outros oito animais também foram apreendidos. Desses animais apreendidos em agosto, um deles foi diagnosticado com uma enfermidade denominada Anemia Infecciosa Equina (AIE), que não tem cura e é altamente contagiosa para outros equinos.
Mesmo após as apreensões de agosto, os proprietários desses animais insistiram em não os recolher a ambientes adequados, deixando-os soltos, circulando sozinhos em vias públicas e às margens de rodovias, ocasionando acidentes graves, além de submeter os animais a maus-tratos.
Na presente data, os animais foram localizados soltos às margens da rodovia federal BR-262, na área urbana de Manhuaçu, em meio ao intenso fluxo de veículos, no bairro Ponte da Aldeia e no bairro São Vicente. Outros animais foram apreendidos nas proximidades do Boston City e também no Córrego Dona Joana.
O fato de deixar um animal solto em via pública já configura maus-tratos, principalmente quando ele está sujeito ao sol, chuva, fome, sede e frio. Durante a operação, um médico veterinário designado pelo Ministério Público identificou animais feridos e doentes.
Assim, os responsáveis por esses animais poderão responder pelo crime de maus-tratos e também por falta de cautela na guarda de animais.
A responsabilidade pela guarda dos animais é dos tutores. Quem tiver um animal recolhido deve procurar a própria unidade da Polícia Militar de Meio Ambiente ou a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente em Manhuaçu. Esclarece-se que a Prefeitura de Manhuaçu não tem atribuição para fazer a devolução dos animais apreendidos nessa operação.
A Polícia Militar afirma que novas operações acontecerão caso os proprietários desses animais insistam em mantê-los em situação de abandono e maus-tratos.
Redação do Tribuna do Leste
