CidadeDestaqueGeralSaúde

Reunião para reorganização dos fluxos de urgência e emergência da região acontece em Manhumirim

A Superintendência Regional de Saúde realizou, nesta terça-feira, 25, em Manhumirim, uma reunião para orientar os fluxos da rede de urgência e emergência em Manhuaçu e região.

O objetivo foi redesenhar as linhas de prioridade e referência dos atendimentos, com foco no funcionamento da rede primária e na organização dos encaminhamentos. O superintendente regional de saúde de Manhuaçu, Victor Carvalho Vieira, explicou os pontos principais do processo.

Durante a reunião, a coordenadora médica do SAMU, Dra. Ully Carraca, apresentou os métodos e processos de encaminhamento das ocorrências de urgência e emergência. Ela destacou que o SAMU atua como componente gestor da rede, com o propósito de organizar os atendimentos de forma integrada para direcionar o paciente à unidade com melhor capacidade de assistência.

Com a exposição das demandas dos participantes, a coordenadora destacou a necessidade de aproximação entre os serviços da rede de saúde: “surgiram demandas por parte dos gestores, dos gestores hospitalares, dos secretários de saúde e a gente acredita, né? No CISDESTE, no SAMU, que quanto mais aproximação, quanto mais a gente conhecer a realidade local, os gestores conhecerem a realidade do CISDESTE, do SAMU como rede, essa aproximação é importantíssima e a gente vai estar programando novas reuniões online, presencial, para a gente tornar essa rede o mais integrada possível.”

Participaram do encontro representantes da Secretaria de Saúde de Manhuaçu, de municípios da região, membros da rede de saúde, do SAMU, do Ministério Público e da microrregião de Carangola.

O Hospital Padre Júlio Maria foi representado pelo coordenador técnico, João Paulo Ferreira Gama, que apontou dificuldades relacionadas ao fluxo de pacientes. Segundo ele, “o Hospital Padre Júlio Maria a gente enfrenta um problema de receber pacientes de gravidades acima da capacidade da instituição, bem como o hospital apresenta capacidade de tratar pacientes que estão em unidades menos complexas.” Ele afirmou que a reunião contribui para ajustar os trabalhos e destacou a expectativa de novos encontros: “É esperado que seja uma primeira reunião de muitas outras em relação a esse aspecto. A rede de urgência e emergência está sendo criada, tem três ou quatro anos, não dá para querer que seja tudo pronto e que já esteja tudo em pleno funcionamento e atitudes como essa de reunir toda a rede, todos os gestores, todos os atores e conversar, ouvir e expor o que está desenhado é muito positivo, é muito bem-vindo.”

A coordenadora de Urgência e Emergência do HCL, Cristiane Sathler, reforçou o papel dos municípios na condução dos fluxos: “Essa reunião é essencial porque ela remodela um fluxo que foi pactuado há 3 anos atrás na implantação do SAMU e coloca a responsabilidade maior para os municípios que têm hospitais que têm capacidade de absorver casos mais simples, deixando os casos mais graves para o nosso hospital César Leite e também alguns para o hospital de Manhumirim. Então, é uma remodelação de fluxo que, com a ajuda de todos os municípios que têm hospital e eles absorvendo isso, já vai desafogar bastante o César Leite para os casos mais graves.”

Segundo a Superintendência Regional de Saúde, a revisão dos fluxos considerou demandas da rede, que conta com 16 hospitais. A reorganização ocorre três anos após o início das atividades do SAMU, que integra o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, veículos, Unidades de Suporte Básico (USB), Unidades de Suporte Avançado (USA) e a Central de Regulação. A expectativa é que a nova estrutura permita respostas mais rápidas e reduza a sobrecarga dos hospitais de médio e grande porte.

Lorena Correia – Tribuna do Leste

Comentários

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo