Foi realizado nesta segunda-feira (24) o 2º Workshop de Segurança e Saúde no Trabalho, com foco na aplicação prática dos riscos psicossociais e nos impactos da nova NR1, que estabelece as diretrizes gerais de segurança e saúde no trabalho no Brasil. O encontro reuniu profissionais da área, empresários e especialistas, que destacaram a necessidade de atenção às mudanças que passam a valer em maio de 2026.
O organizador do evento, **Bruno Pêsso, reforçou a importância de ampliar a compreensão sobre o tema.“A nova NR1 estabeleceu maio de 2026 como data limite. A partir daí, as empresas podem sofrer notificações, autuações e até multas caso não cumpram os requisitos da norma”, explicou.
Ele destacou que os riscos psicossociais são diversos e afetam diretamente a saúde mental dos trabalhadores. “Os riscos psicossociais são dezenas, mas podemos destacar assédio moral, assédio sexual, outras formas de violência no trabalho, metas inalcançáveis, pressão no trabalho. Qualquer fator que possa ocasionar doença mental, ansiedade, burnout, estresse”, disse.
O advogado Leandro Von Rondon apresentou os principais aspectos jurídicos e as responsabilidades legais que recaem sobre os empregadores. “A entrada em vigência da nova NR1 traz diversas responsabilidades para o empregador, e junto delas vêm as consequências pelo descumprimento“. Na parte administrativa, você tem multas, interdições de máquinas e até do funcionamento da empresa. No judiciário, há ações trabalhistas, tanto coletivas do Ministério Público do Trabalho quanto de empregados que se acidentaram ou que não tiveram garantidos os direitos previstos na NR1”, detalhou.
Já a psicóloga Milene Coelho ressaltou o papel da psicologia na implementação das novas diretrizes e na promoção de ambientes de trabalho mais saudáveis. “A psicologia trabalha com comportamento humano, processos mentais e, logo, saúde mental. Os riscos psicossociais fazem parte da nova regulamentação, com implementação até maio de 2026. A psicologia entra avaliando e analisando como as empresas vão se organizar para implementar programas de avaliação de risco da saúde mental do trabalhador, para que consigam oferecer o melhor ambiente e garantir a melhor performance e produtividade”, afirmou
Ana Flávia Domingos – Tribuna do Leste
