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Dezembro Vermelho marca combate a infecções sexualmente transmissíveis

O Brasil marca em 2025 quatro décadas de enfrentamento ao vírus da imunodeficiência humana, HIV, e à síndrome da imunodeficiência adquirida, AIDS. Mesmo com avanços nas políticas públicas, os registros de novas infecções cresceram nos últimos anos. Por outro lado, o boletim epidemiológico divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde mostra redução na mortalidade relacionada ao vírus, o que recoloca o tema em discussão nacional.

O cenário repercute também em Manhuaçu, onde profissionais da saúde observam a importância do monitoramento das infecções sexualmente transmissíveis. Entre elas, sífilis e HPV seguem no centro das atenções. De acordo com o médico infectologista Thiago Erínger, a sífilis mantém maior prevalência no país, acompanhada pelo HPV. Ele explica que a redução no uso de preservativos e a baixa adesão à vacinação contra o HPV influenciam diretamente o aumento desses registros. Segundo o médico, menos de 50% de meninas e meninos completam o esquema vacinal.

Diante desse quadro, Dr Tiago orienta a população sobre os sinais que devem ser observados. Nos homens, corrimento uretral e úlceras na glande estão entre os indicadores mais comuns. Nas mulheres, alterações podem surgir de forma menos evidente e, em muitos casos, permanecer sem sintomas, o que também ocorre no início da infecção pelo HIV. O médico destaca que o diagnóstico precoce é fundamental e costuma ser realizado por meio de exame físico durante a consulta. Em algumas situações, como sífilis, HIV, hepatites B e C e clamídia, a confirmação é feita por sorologia.

Com a retomada do debate em nível nacional, profissionais de Manhuaçu reforçam a necessidade de ações contínuas de prevenção e acompanhamento, buscando ampliar a informação e facilitar o acesso à testagem na cidade.

O paciente com suspeita de ter contraído uma IST pode buscar por atendimento na Policlínica, onde o atendimento é feito de forma discreta, preservando a privacidade do indivíduo. Caso a pessoa não queira fazer as testagens na unidade, existe a possibilidade de realizar o auto teste que também pode ser encontrado de forma gratuita no hospital. Além disso, é necessário lembrar que pacientes com IST ‘s têm o tratamento custeado pelo Sistema Único de Saúde de forma gratuita e sigilosa.

Lorena Correia – Tribuna do Leste

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