Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar apontam um crescimento da violência extrema em ambientes escolares. Entre 2022 e 2023, ocorreram cerca de 25 atentados em escolas.
Diante dessa realidade, o professor do Instituto Federal Campus Manhuaçu, Filipe Fernandes, identificou a oportunidade de desenvolver um projeto de iniciação científica que busca identificar possíveis situações de violência no ambiente educacional. O projeto conta com a participação do aluno do 5º período do curso de Bacharelado em Sistemas de Informação, Luan Felício da Silva.
A iniciativa utiliza tecnologias emergentes, como a inteligência artificial e a computação quântica, para mapear possíveis ações de violência em ambientes educacionais. O professor Filipe Fernandes explica o que é a computação quântica: “Ela é baseada na mecânica quântica, ou física quântica, uma área da física que estuda as nanopartículas, ou partículas muito pequenas, do tamanho de átomos. Os dispositivos atuais são baseados na física clássica, o que gera limitações. De forma geral, um problema que levaria cerca de 100 anos para ser resolvido em um computador clássico pode ser solucionado em minutos com a computação quântica”.
Segundo o professor, o principal objetivo do projeto é identificar situações que possam resultar em violência. O procedimento é realizado pelo aluno, que seleciona bancos de dados disponíveis na internet com imagens relacionadas a episódios de violência em ambientes educacionais. Posteriormente, por meio do estudo de algoritmos e técnicas de inteligência artificial, são extraídas informações das imagens que caracterizam possíveis ações violentas.
A iniciação científica é desenvolvida com o propósito de contribuir para o enfrentamento da violência em ambientes escolares e, ao mesmo tempo, ampliar o conhecimento sobre novas tecnologias, fortalecendo a formação acadêmica do aluno.
Lorena Correia – Tribuna do Leste



