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Ordenação Diaconal de Felipe Cunha emociona fiéis em Manhuaçu e renova esperança por novas vocações

A cidade de Manhuaçu foi palco de uma celebração emocionante e simbólica para a comunidade católica: a ordenação diaconal de Felipe Cunha, membro da Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora. O rito, realizado no domingo (1º), na matriz do Bom Pastor,marcou um passo fundamental na trajetória vocacional do diácono, e reacendeu o fervor da fé e da esperança entre os fiéis. A ordenação coincidiu com o aniversário de 113 anos da cidade de Bom Despacho, terra natal do diácono, e contou com a presença de familiares, amigos e paroquianos.

O bispo diocesano Dom Juarez Delorto Secco destacou a força da vocação de Felipe e seu exemplo de fé. “Conheci o Felipe Cunha em Manhumirim. Desde o início, percebi uma presença muito alegre, muito assertiva na sua vocação. Pedi a Deus que o abençoe em sua caminhada de fé, que ele possa exercer bem seu ministério, ser feliz e fazer muitas pessoas felizes também. Que Deus o acompanhe, o ajude e que, com a graça divina, ele se torne um bom padre, servindo ao povo de Deus com dedicação”, declarou o bispo.

Para a Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora, o momento foi de celebração e renovação espiritual. “É um momento de fusão, de comunhão. Quando um jovem das nossas fileiras recebe o sacramento da ordem no grau do diaconato, em preparação para o presbiterato, é motivo de festa para todos nós”, destacou o Superior Geral, padre José Raimundo — o “Padre Mundinho”.

A ordenação também foi vivida com muita emoção pela família do diácono. Seu pai, senhor Derli Alves de Azevedo, expressou com orgulho a entrega do filho à vida religiosa.”É um orgulho imenso entregar um filho aos sacramentinos. Isso não é para qualquer um. Assim como Deus entregou seu Filho para nos salvar, nós também entregamos o nosso com muito amor. Desde pequeno, ele demonstrava sua dedicação à Igreja. Acompanhamos essa vocação desde a infância.”

A mãe, Dona Cenilda da Cunha, relembrou com carinho os primeiros sinais da vocação do filho. “Desde muito pequeno, ele já mostrava um coração voltado para Deus. Quando brincava, fazia da brincadeira uma celebração. Aos poucos, foi crescendo com esse desejo no coração. Eu sempre dizia que ele era diferente, tinha algo especial. Quando ele começou a participar da catequese, percebi que aquilo era mais do que um interesse passageiro: era vocação. Hoje vejo esse chamado se confirmar com muita emoção e gratidão a Deus.”

O próprio diácono Felipe compartilhou a alegria de viver este momento tão esperado. “Estou muito feliz, com o coração palpitando. É difícil descrever o que estou sentindo. Pela graça de Deus, hoje fui ordenado diácono para servir à sua Igreja. Minha vocação nasceu ainda criança, na catequese. Logo depois me envolvi com a Infância e Adolescência Missionária. Desde os oito ou nove anos, eu já dizia que queria ser missionário, queria ser padre. Rezei muito por isso, e hoje essa missão se confirma. O Senhor nos chama e nos envia.”

Felipe exercerá seu ministério no Hospital Padre Júlio Maria em Manhumirim, instituição reconhecida pelo cuidado com os enfermos.”Lá quero continuar servindo a Deus com alegria, cuidando dos que mais sofrem. É um lugar que acolhe, que alivia dores físicas e espirituais. Sinto-me chamado a contribuir com humildade e fé.”

Durante a cerimônia, o diácono também compartilhou detalhes de uma arte litúrgica que o acompanha nessa nova etapa. A obra foi criada por Silvio Moraes, artista responsável pelo sino Vox Patris, do Santuário do Divino Pai Eterno. “Ele desenhou com muito carinho uma imagem cheia de simbolismos. A oliveira com azeitonas representa a vitalidade, a cura, a consagração — tudo isso dentro do contexto do Ano Jubilar da Esperança. Assim como o ramo de oliveira levado pela pomba após o dilúvio, essa imagem representa esperança e paz.”

Na arte, estão também representados Cristo, o sustento dos enfermos, e o Bom Samaritano, símbolo da misericórdia. “Esses elementos falam profundamente ao meu coração neste momento. Meu lema, extraído do Evangelho de Lucas (9,2), resume minha missão: ‘Enviou-os a proclamar o Reino de Deus e curar os enfermos”, disse.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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