Moradores da região realizaram, na tarde desta quarta-feira (25), uma manifestação às margens da BR-474, no trecho entre os municípios de Ipanema e Pocrane. O protesto cobra agilidade na execução das obras após o surgimento de uma cratera na pista, em 18 de dezembro de 2024.
O trecho passou a ser considerado crítico após o afundamento do asfalto, que causou a queda de dois veículos e resultou na morte de quatro pessoas. Desde então, a rodovia segue com interdições e tráfego desviado por vias alternativas em condições precárias.
Uma das organizadoras do ato, Ana Adriana da Silva, afirmou que a lentidão dos trabalhos tem causado transtornos diários. “A nossa luta aqui hoje, a nossa reivindicação é por agilidade nas obras, porque a gente percebe que está muito lento e o tráfego nesse desvio que nós temos aqui é grande. Está muito tumultuado para quem está vindo, para quem está indo. Todos os dias passam ônibus com crianças e os motoristas enfrentam muita dificuldade. Está muito difícil para cada um de nós que usamos essa estrada.”
A motorista de ônibus escolar Renata Aparecida destacou os riscos para os estudantes. “Eu passo aqui no desvio seis vezes por dia, três vindo e três voltando. Eu sou motorista de ônibus da comunidade e, como transporto criança, é uma preocupação muito grande para mim. É uma responsabilidade conduzir o bem maior dos pais até a escola. Encontro muita dificuldade nesse desvio. Quero uma solução, agilidade, para que a obra seja concluída o mais rápido possível. É um direito nosso trafegar com segurança.”
A autônoma Marília Ana Pires, que faz o trajeto entre Taparuba e Ipanema, relatou que o trânsito no local é perigoso e desorganizado. “Eu faço esse caminho todo dia. O desvio é muito apertado. Embora seja proibido o tráfego de caminhões, eles continuam passando. Quando isso acontece, não tem como passar e a gente tem que dar ré. Muitos motoristas correm demais mesmo sabendo das dificuldades. Já houve vários acidentes.”
Marília também cobrou uma resposta do poder público. “Estamos com esse problema desde dezembro. A gente só quer uma resposta. O DNIT precisa informar quando essa obra vai terminar. Todo mundo está sofrendo. A gente paga imposto, faz a nossa parte. Queremos q ue o governo faça a parte dele também.”
A reportagem manteve contato com a Prefeitura de Ipanema. Até a publicação desta matéria, o prefeito não respondeu à equipe. O espaço segue aberto para manifestação.
Ana Flávia Domingos – Tribuna do Leste