
O abandono de animais em Manhuaçu segue como um desafio para a saúde pública e para a rotina do canil municipal, que enfrenta superlotação. A adoção responsável é apontada como uma das principais estratégias para reduzir o número de animais nas ruas.
A médica veterinária da Clínica Municipal Neymar Rosa Lopes, Luisa Von Glenn, explica que a cidade estima cerca de 20 mil animais entre os que vivem nas ruas e os que possuem tutores. Segundo ela, a falta de castração contribui para o aumento da população de rua, o que expõe os animais a riscos e pode gerar acidentes, especialmente envolvendo cães e motociclistas. A profissional reforça que a ampliação das adoções e da castração ajudaria a controlar essa população e reduzir impactos no município.
Atualmente, cerca de 11 animais estão disponíveis para adoção no canil. Para serem adotados, precisam ter concluído tratamento, castração, chipagem, vermifugação e aplicação de remédios contra ectoparasitas.
Entre os cães aguardando um lar está Nando, um pitbull que participa de campanhas de doação de sangue e vive no canil há anos. Apesar de receber visitas, seu porte físico ainda causa receio em possíveis adotantes. A equipe da Clínica Municipal destaca que quem o conhece se aproxima mais facilmente da possibilidade de adoção.
Outros animais também aguardam por famílias. Réveillon é um cão de grande porte e muita energia, que se adapta melhor a espaços amplos. Bruce, resgatado após sofrer com miíase, está no fim do tratamento e apto para adoção, segundo a equipe. Ainda em recuperação, ele permanece sob cuidados até estar completamente pronto para ser levado por um novo tutor.
A equipe do canil e da clínica reforça que a adoção responsável contribui para reduzir a superlotação, controlar a população de rua e oferecer melhores condições de vida aos animais.
Lorena Correia – Tribuna do Leste



