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Simulado de incêndio em Escola Estadual reforça preparação para emergências em Manhuaçu

O Corpo de Bombeiros de Manhuaçu realizou um treinamento simulado de incêndio na Escola Estadual Renato Gusman. O exercício, que simulou um foco de incêndio no refeitório/cozinha da escola, faz parte da operação contínua “Rota de Emergência” e teve como objetivo principal orientar estudantes e funcionários sobre a evacuação segura e ordenada em situações de pânico.

Sargento Curty, do Corpo de Bombeiros, enfatizou que, em locais confinados, as fatalidades em incêndios não ocorrem apenas pela inalação de gases tóxicos, mas também pelo pânico e pela evacuação desordenada, que pode levar a pisoteamentos. A parceria com o Corpo de Bombeiros, frequentemente solicitada via ofício, é essencial para que instituições e empresas adequem seus sistemas de prevenção e combate a incêndio. O objetivo é garantir que, em situações reais, o sistema esteja pronto e funcional para evitar um mal maior. A atuação em ocorrências reais exige treino constante para que a equipe possa oferecer o melhor atendimento possível, sendo a adrenalina parte inerente da profissão.

A diretora da Escola Estadual Renato Gusman, Arlene Lacerda, explicou que o treinamento é fundamental para que as 600 crianças, adolescentes e 70 funcionários saibam o que fazer e, principalmente, o que não fazer em situações de pânico. Com o grande fluxo de pessoas e as diversas comorbidades presentes, a escola precisa estar preparada para responder a emergências, como incêndio ou problemas de saúde. O treino simulado, que já havia sido realizado em 2023, permitiu que o aprendizado fosse colocado em prática, sendo fundamental para o socorro em diversas situações que exigem a intervenção de bombeiros ou SAMU. A escola possui extintores e placas de sinalização, mas o exercício prático proporciona uma “dose” da tensão real, preparando os envolvidos para agir corretamente. A diretora fez um apelo à sociedade para que promovam essa capacitação, seja em empresas ou mesmo com conversas em casa, alertando que emergências podem ocorrer em qualquer lugar (trânsito, mercados). Ela ressaltou que a perda de vidas em tragédias como o incêndio na Boate Kiss foi agravada pela asfixia e pela direção errada tomada pelas pessoas em pânico.

Samuel Gomes Abel, aluno do 2º ano do Ensino Médio e cursando Técnico em Segurança do Trabalho, destacou que a melhor colaboração dos estudantes seria estudar o básico sobre normas de segurança e riscos presentes na escola. Ele reiterou que, embora muitos não acreditem que acidentes ocorram na escola, buscar saber as maneiras de sair e como se comportar é vital. O estudante explicou que o foco da Segurança do Trabalho é a prevenção de acidentes em qualquer meio, seja escolar, empresarial ou fabril. O profissional busca identificar os riscos e prevenir ocorrências, desde um corte até um desabamento ou incêndio. Ele defende que palestras sejam passadas periodicamente nas escolas para cobrir a periculosidade e a insalubridade dos locais.

Danilo Alves – Tribuna do Leste

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