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Setembro Amarelo: como as escolas podem discutir diversidade e inclusão?

Patrícia Francisca Oliveira Vaz, Psicóloga

Setembro é o mês da prevenção ao suicídio, onde as campanhas nesse momento se voltam para oferecer é defender o diálogo e a importância e valorização a vida. Para entendermos um pouco mais sobre o assunto, conversamos com Patrícia Francisca Oliveira Vaz, Psicóloga e professora universitária.

De acordo com ela, esse é também um momento que as escolas se mobilizam, pois tem um papel de suma importância na comunidade, porém devem abordar temas em saúde mental, bullying, diversidade humana, inclusão social e prevenção durante todo ano, sendo uma instituição inclusiva, cumprindo o papel não apenas enquanto desenvolvimento cognitivo, aprendizado acadêmico como também aprendizado social e afetivo. “Buscando trazer a família para dentro da escola através da promoção de momentos de troca, diálogo e debates, levantando soluções e fortalecendo os laços para desenvolver uma convivência ética entre os alunos dentro da escola, respeitando a diversidade e necessidades individuais”, disse.

A recomendação aos profissionais da escola é que reconheçam a diferença entre os alunos

Promover debates sobre tais temas são benéficos ao bem-estar dos alunos, principalmente para os adolescentes que podem se sentir mais confortáveis e confiantes com a escola que oferece momentos e profissionais capacitados para acolher e ouvir, podendo expor seus pensamentos, emoções e preocupações. “Sabemos que a família é um fator de proteção no desenvolvimento de crianças e adolescentes, estando unidas as escolas poderão promover a socialização adequada”, ressalta Patrícia.

A recomendação aos profissionais da escola é que reconheçam a diferença entre os alunos, agir de acordo com a característica de cada um, oferecendo apoio e afeto pode ser uma forma de prevenção aos transtornos sem contar que aumentam as chances de ocorrência de relações mais assertivas entre os mesmos, o que previne o bullying e o suicídio. “A definição de Transtorno Mental está relacionada aos valores e normas culturais e familiares em determinado momento histórico”, explica –“Sendo assim muitas escolas em todo Brasil tem oferecido serviços em Educação Socioemocional como disciplina, estudos mostram que esses programas são preventivos aos transtornos diminuindo as chances de problemas de conduta nas escolas, entre vários outros benefícios as crianças, comunidade e família”, completa a Psicóloga.

Em nossa região ainda são poucas as escolas que oferecem programas de qualidade em Educação Socioemocional, mas algumas já estão aderindo e obtendo contribuições positivas da disciplina. Setembro Amarelo, viver faz sentido! Falar é a melhor solução! Escolas, vamos falar sobre isso? Essa é uma necessidade urgente!

Jailton Pereira

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