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Alerta de dengue: resultado do LIRAa é preocupante em Manhuaçu

O Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti apontou 5.9

Representantes de vários segmentos, que integram o Comitê de Enfrentamento à Dengue, que inicia o trabalho de combate ao Aedes, responsável pela transmissão da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus estiveram reunidos na última quarta-feira, 19, em Manhuaçu.

O encontro aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, para traçar metas e ações destinadas ao controle do vetor e reduzir a incidência dessas doenças. Foi feito o planejamento para ser trabalhado, a fim de conscientizar a população para o período que requer atenção redobrada para eliminar criadouros, focos e chamar atenção de toda a comunidade, no sentido de participar da mobilização de combate.

O Comitê de Combate à Dengue tem como objetivo coordenar, articular, acompanhar e avaliar as ações de educação em saúde e ainda promover mobilização social contra a dengue em todo o município, além de integrar e propor ações.

Ao todo foram convocadas 30 entidades para estarem participando, mas, somente a Polícia Militar, Superintendência de Ensino, Hospital César Leite, Secretarias de Saúde e Educação enviaram representantes.

O trabalho de conscientização será realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, com a participação das instituições parceiras, no sentido de atingir o maior número de pessoas, para que estejam atentas ao aparecimento de focos do mosquito.

O primeiro Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa) de 2020 aponta alterações e inúmeros focos na área central, além dos bairros Santa Terezinha, São Francisco de Assis e demais locais, onde latinhas, sucatas, ralos e caixinhas são deixadas por moradores que esquecem do Aedes.

Segundo o Supervisor de Endemias, Alair Ferreira Júnior, o LIRAa apontou 5.9. O distrito de Vila Nova também preocupa a equipe de Endemias. Ele explica que no período do carnaval alguns foliões vão para outros lugares, outros vêm para Manhuaçu e o monitoramento torna-se essencial. “É preciso que cada morador esteja colaborando, observando os quintais, para evitar uma situação pior. Manhuaçu é cidade polo e circula pessoas de outros municípios, onde já houve registro de casos. A participação de todos é muito importante”, ressalta Alair Ferreira. Todos terão a responsabilidade de estar dinamizando ações, em situação de alerta devido à presença do mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças.

Atenção redobrada
A coordenadora da Vigilância em Saúde, Lorena Gonçalves e o Supervisor de Endemias, Gerson Leite lembram que o trabalho de mobilização é importantíssimo e agora a implementação do Comitê para avançar nas ações quanto à situação de alerta geral para a doença será relevante. “Estamos fortalecendo as ações no município, que está em situação que preocupa, devido aos registros de casos feitos pelos agentes. A mobilização, com a participação das entidades visa chamar a atenção para que todas as famílias envolvam de forma decisiva, no combate ao mosquito que transmite a Dengue”, reforça Lorena Gonçalves. Embora as entidades tenham sido convidadas, não demonstraram interesse em somar força para o combate à Dengue. A próxima reunião do Comitê está marcada para o dia 18 de março, no auditório da Secretaria Municipal de Saúde.

Sobre o LIRAa
O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) e o Levantamento de Índice Amostral (LIA) são métodos de amostragem e mapeamento dos índices de infestação por Aedes aegypti e Aedes albopictus.

O LIRAa e o Levantamento de Índice Amostral LIA foram desenvolvidos em 2002, para atender à necessidade dos gestores e profissionais que operacionalizam o controle das arboviroses de dispor de informações entomológicas em um ponto no tempo (antes do início do verão) antecedendo o período de maior transmissão, com vistas ao fortalecimento das ações de combate vetorial nas áreas de maior risco.

Trata-se, fundamentalmente, de um método de amostragem que tem como objetivo principal a obtenção de indicadores entomológicos, de maneira rápida. O LIRAa/LIA são métodos de amostragem e mapeamento dos índices de infestação por Aedes aegypti e Aedes albopictus. Estes levantamentos permitem a identificação dos criadouros predominantes e a situação de infestação dos municípios que o realizaram. Os índices até 0,9% indicam condições satisfatórias, entre 1% e 3,9%, situação de alerta e índices superiores a 4%, risco de surto.

Eduardo Satil

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