A unidade de apoio respiratório está completando dez meses de atendimentos em Manhuaçu. No local já foram registrados mais de 18 mil atendimentos de pacientes.
Nos últimos 45 dias o cenário em Manhuaçu tem se transformado, aumentando os atendimentos nas unidades de saúde (ESFs) e a Unidade de Apoio Respiratório tornou-se referência na região.
A médica e responsável técnica da Unidade de Apoio Respiratório (UAR), Dra. Márcia Giovane Rodrigues da Silva, está atuando na linha de frente desde 25 de março de 2020.
Ouça o relato da profissional:
Ela conta que, embora uma equipe formada por um médico, um enfermeiro, três a cinco técnicos em enfermagem por turno de trabalho, encontra força suficiente para enfrentar o desafio nesse grande mar de incertezas. Já foram registrados mais de 18 mil atendimentos de pessoas de Manhuaçu e região. “Mesmo com a equipe reduzida, conseguimos prestar todo atendimento à população, que se encontra tão fragilizada nesse momento, em que essa doença que tem feito milhares de vítimas”, relata a médica. Ressalta a importância das pessoas estarem colaborando com os profissionais de saúde com o uso da máscara, álcool em gel e evitar aglomeração.
Ao citar o avanço da doença, Dra. Márcia Giovane avalia que, em apenas um ano nunca se viu tanta informação produzida e pesquisa acerca da doença, além de investimentos feitos na tentativa de “frear” a disseminação do vírus. Outro ponto observado pela responsável técnica da Unidade de Apoio Respiratório (UAR) é que, nos últimos 45 dias o cenário em Manhuaçu tem se transformado. Cresceu assustadoramente o atendimento nas unidades de saúde (ESFs) e, na Unidade de Apoio Respiratório que tornou-se referência na região. Com isso, os profissionais desdobram ainda mais, para garantir o atendimento com excelência. Com a mudança da Unidade de Apoio Respiratório para o antigo SUS, haverá ampliação de leitos e da equipe de enfrentamento à Covid-19.
Lidando todos os dias no enfrentamento à Covid-19, a Dra. Márcia Giovane relata que a sociedade está diante de um vírus que tem uma capacidade de causar danos, que o organismo não consegue responder e, o tratamento oferecido nem sempre é suficiente.
Quanto mais pessoas acometidas, torna-se mais difícil a capacidade de atendimento e cuidado com essas pessoas. “Com um número reduzido de profissionais para cuidar de toda a população, o cuidado individual é fundamental. Lavar as mãos, distanciamento social, uso da máscara e álcool é vital. A vacina chegou, mas pode demorar para imunizar toda a população. O cuidado individual ajuda e preserva a vida da outra pessoa”, explica a Dra. Márcia Giovane. Os profissionais não sofrem somente com o cansaço físico, mas também o desgaste e o sofrimento emocional os acompanham diante de um atendimento e, após quatro ou cinco dias ficam sabendo que a pessoa veio a óbito.
Outro desafio para a equipe é que, na primeira fase, a doença acometia idosos e pessoas com comorbidades, que tiveram o agravamento da doença e o óbito. Mas desde o final de 2020, os profissionais de saúde estão percebendo que os jovens estão sendo acometidos, levam o vírus para casa e acabam contaminado todos da família.
Com informações da assessoria de Comunicação