Casos de chikungunya disparam em Minas Gerais
Apenas este ano são 2.296 notificações; os números dos primeiros meses de 2017 superam em quatro vezes o registrado em todo o ano passado (501 notificações). Uma morte é investigada
O levantamento não explica quantas notificações são casos confirmados e quantas ainda são apenas suspeitas. Nesta semana, a SES-MG confirmou também a primeira morte suspeita por febre chikungunya no estado. A confirmação depende de exames laboratoriais.
Assim como o vírus Zika e a dengue, a febre chikungunya é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Após a infecção, os sintomas surgem entre dois e 12 dias. A vítima pode ter febre alta, dores intensas nas articulações e nos músculos, dor de cabeça, cansaço, mal-estar e manchas vermelhas na pele. Uma vez curada, a pessoa ganha imunidade para o resto da vida. Não há vacinas e a principal medida de prevenção é o combate ao vetor, sobretudo a partir da eliminação dos criadouros do mosquito.
Os primeiros registros da doença em Minas Gerais são de 2014. Naquele ano, houve 18 notificações, mas todos os casos foram de pessoas infectadas fora do estado. Somente em 2016, foram confirmadas transmissões de febre chikungunya em Minas Gerais.
Dengue e zika
A dengue, por outro lado, vem registrando números menores se comparado com o mesmo período de 2016. O boletim da SES-MG aponta que, em janeiro e fevereiro, Minas Gerais registrou 13.539 notificações para a doença. Nos mesmos meses do ano passado, já havia 198.098 registros da doença.
Neste ano, já foram registradas nove mortes suspeitas por dengue. Em 2016, foram 253 óbitos confirmados. Há ainda 39 casos em investigação.
Os casos de Zika também reduziram. Os dois primeiros meses de 2017 registraram apenas 283 notificações, contra 5.706 no mesmo período do ano passado.
O vírus Zika é apontado como provável causa da microcefalia em recém-nascidos. Por esta razão, existe uma preocupação redobrada com a infeção de gestantes. Neste ano, Minas Gerais registrou cinco casos confirmados da doença em mulheres grávidas, sendo três delas na capital mineira e mais duas no interior.
Agência Brasil