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Bombeiro ajuda por telefone a salvar vida de bebê engasgado

Um bombeiro militar de Manhuaçu ajudou por telefone, uma mãe e um pai a salvar um bebê de 14 dias que estava engasgado. Os pais entraram em contato pelo 193 por volta de 22h15 de sábado, 24/06, após a criança “engolir fôlego”.

O avô da criança ligou para o Corpo de Bombeiros. O cabo Lendel Duques de Barros atendeu à ligação e pelo telefone foi passando as orientações. Enquanto isso, uma viatura se deslocava para o local.

Com as orientações do Bombeiro, os pais conseguiram salvar a vida da filha. De acordo com o cabo, a calma é imprescindível na hora do atendimento. “O avô da criança entrou em contato com o pelotão e, a princípio, eu o acalmei. Com a pessoa mais calma pude passar as informações pra ela, e ela foi dando os comandos para os pais que realizaram as manobras”, conta cabo Lendel que ainda disse que o salvamento também se deu graças a calma que os pais e os familiares tiveram na hora.

Ao chegar no local, a equipe composta pelo sargento Dias e soldado Ozanan encontrou o bebê respirando normalmente nos braços do pai. O bombeiro ficou emocionado ao saber do desfecho e contou que usou os conhecimentos da profissão, após oito anos de trabalho, para ajudar a salvar a vida da criança.

A pequena Helena passa bem.

Engasgamento

bebe engasgamentoO bombeiro militar cabo Lendel explica que existem sinais claros de que a criança está engasgada. Uma tosse, um choro muito fraco ou inaudível, ou até mesmo uma cianose (arroxeamento) do rosto da criança são sinais de que ela não está respirando corretamente ou tem ausência total da respiração. “ Tem que se iniciar a manobra de desobstrução das vias aéreas o mais rápido possível. O engasgo das crianças ou o afogamento pelo leite materno é mais comum do que a gente pode imaginar. Então, é necessário que as pessoas se alertem quanto a isso, conheçam os procedimentos para que consigam realizar a manobra”, afirma o bombeiro.

De acordo com o bombeiro militar a manobra é feita da seguinte forma:

– Os pais devem posicionar a criança deitada de bruços no antebraço, e vão apoiar a cabeça da criança entre dois dedos da mão proporcionando a abertura da boca da criança;

– Inclinar o braço de forma que a cabeça da criança fique levemente inclinada em relação ao corpo;

– Após o posicionamento, a pessoa vai realizar cinco tapas com a mão em formato de concha no meio das costas da criança, na região que denominada ‘entre as escápulas’, que são os dois ossos maiores que nós temos nas costas para proteger o pulmão;

– Depois desse procedimento, a pessoa deve virar a criança e verificar se recuperou a respiração. Expelindo o corpo estranho, ou leite materno.

“Se ela não voltar a respirar, se aquele corpo estranho ou o leite materno não for expelido, realizamos cinco compressões torácicas na criança. Pegamos dois dedos, o indicador e o dedo médio e fazemos uma pressão ali no tórax. Se a criança não voltar a respirar a gente repete toda a manobra”, explica o cabo. “Enquanto isso, deve-se acionar o Corpo de Bombeiros para que a criança receba o primeiro atendimento no local. Por isso a gente dá esse atendimento pelo telefone, para que não se perca nenhum segundo, para que a manobra tenha resultado e tenha sucesso.”, conclui.

Ouça a entrevista com o bombeiro militar de Manhuaçu, cabo Lendel:  

Lívia Ciccarini – Tribuna do Leste

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